No início do ano, o
executivo-chefe Christophe Weber afirmou que o portfólio de OTC não estava
entre os ativos estratégicos da companhia
Mais uma indústria
farmacêutica decide rever seus investimentos no Brasil e na América Latina.
Segundo informações do Valor PRO, a Takeda está à procura de um
comprador para a divisão de medicamentos isentos de prescrição no continente. A
expectativa da companhia japonesa seria obter US$ 1 bilhão com a transação e
a EMS é considerada uma das favoritas a adquirir os ativos.
Fontes ligadas ao setor e ao
mercado financeiro relatam que o negócio chegou a ser oferecido também
à Biolab e à Eurofarma. No entanto, ambas teriam desistido de
apresentar uma proposta por demonstrarem interesse somente nas operações de OTC
fora do Brasil. Já a EMS aposta no portfólio da Takeda, constituído de marcas
como Eparema e Neosaldina, para crescer nesse segmento – que responde por até
30% do faturamento do laboratório asiático.
A Takeda informou que não
comenta especulações de mercado e reiterou “seu compromisso para manter-se como
uma empresa focada no lançamento de produtos inovadores de pesquisa e
desenvolvimento, seguindo seu propósito de oferecer uma saúde melhor e um
futuro mais brilhante àquele que está no centro de tudo o que faz: o paciente”.
As demais indústrias não quiseram repercutir o assunto.
Em 2018, o laboratório já
havia vendido seu negócio de genéricos no Brasil, o laboratório Multilab,
para a Novamed – que integra o grupo NC, mesmo controlador da EMS. No
início deste ano, o executivo-chefe Christophe Weber afirmou que a Nycomed,
antiga proprietária do seu portfólio de OTC, estava entre os ativos vistos como
não estratégicos pela companhia. No Brasil, essa categoria representa 14% da
receita, mas está atrás dos medicamentos com prescrição e de hematologia.
Essa notícia acompanha o
movimento de outras multinacionais do setor, que vêm abrindo mão de mercados
tradicionais em troca de investimentos em medicamentos inovadores e
biotecnológicos, o que tem estimulado o fechamento ou desinvestimento em
fábricas de menor escala.
Fonte: Redação Panorama
Farmacêutico
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