A presença da Indústria está
associada nesta terça-feira (21) à agenda de comércio exterior. Editorial de O
ESTADO DE S.PAULO retoma a cobertura com foco em discussões atualmente em curso
no âmbito do Mercosul.
Tendo como referência a 48ª Cúpula de
Chefes de Estado, realizada em Brasília, na semana passada, texto ressalta a
decisão de prorrogar, automaticamente, até o fim de 2021, para Brasil e
Argentina, e de 2023, para Paraguai e Uruguai, as exceções à tarifa externa
comum (TEC) e os regimes tributários especiais.
Mais uma vez, critica o ESTADÃO, o
encontro de cúpula terminou como esperado: “a retórica superou em muito o
relato de fatos e de decisões concretas”.
Sobre os acordos (práticos ou de
intenções firmados), ESTADÃO relata que dependerá do governo argentino o
andamento das “arrastadas negociações” do Mercosul com a União Europeia.
“Há dias, a Indústria – que sabe a
importância da ampliação do mercado externo para a recuperação do setor
manufatureiro hoje em profunda crise – manifestou o desejo de que a cúpula do
Mercosul assumisse o compromisso de apresentar ofertas concretas à União
Europeia até o fim do ano”, resume.
FOLHA DE S. PAULO
Justiça condena primeiros
empreiteiros na Lava Jato
O ESTADO DE S. PAULO
Justiça condena 3 da Camargo; PF
indicia dono da Odebrecht
O GLOBO
Dirigentes de empreiteira são
condenados a 15 anos
VALOR ECONÔMICO
Recessão trava créditos do BNDES para
rodovias
CORREIO BRAZILIENSE
Lava Jato tem primeiros empreiteiros
condenados
A performance de determinados
segmentos da indústria está destaque e transfere ao noticiário certa tensão no
trato de questões de curto prazo.
O viés negativo segue determinando o
ritmo da pauta. Grande parte da exposição associa produção a vendas – confirmando
cenários de estagnação ou mesmo recuo.
Em O ESTADO DE S.PAULO, informação é
que a retomada das vendas de veículos novos no Brasil “deve ficar somente para
o segundo trimestre de 2016”. A previsão é do presidente da Associação Nacional
dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan.
Para o segundo semestre deste ano, o
executivo projeta uma "estabilidade, com viés de alta".
ESTADÃO completa que, segundo Moan, a
Anfavea vem provendo ações para aumentar as vendas internas e estimular as
exportações, como festivais de vendas com descontos e renovação de acordos
comerciais com outros países.
VALOR ECONÔMICO também se dedica a
contextualizar a crise do setor automotivo e revela que “as montadoras
brasileiras encontram nos vizinhos dos Estados Unidos combustível a uma
inesperada reação das exportações após o tombo que, em 2014, levou os embarques
da indústria nacional de veículos ao patamar mais baixo em doze anos”.
Texto relata que “enquanto as vendas
internas são as mais fracas desde 2007 e a Argentina, principal cliente do
setor no exterior, cortou em quase 30% as importações de automóveis montados no
Brasil nos últimos quatro anos, o consumo de veículos brasileiros no México,
segundo destino internacional, avança 70,1% em 2015, o que significa retomar o
padrão de dois anos atrás”.
Ainda no VALOR, destaque para a
notícia de que “a venda de eletrodomésticos caiu 11% no primeiro semestre em
relação ao mesmo período de 2014”.
Dados divulgados ontem pela Eletros,
associação que reúne empresas do setor, reforçam que foram vendidos 7,4 milhões
de fogões, lavadores e refrigeradores entre janeiro e junho. Lourival Kiçula,
presidente da Eletros, diz que o consumidor está mais receoso em se endividar.
Também no VALOR, breve reportagem registra
que o mercado de telefonia móvel brasileiro encerrou junho com 282,4 milhões de
linhas ativas – queda de 0,6% em relação a maio. Conforme a Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel), que divulgou os dados ontem, os acessos móveis
caíram em todas as regiões do país na comparação mensal.
Entre os temas ainda mais
específicos, registra-se na FOLHA DE S.PAULO a notícia de que “a receita das
pequenas e médias empresas de São Paulo caiu 10,2% em maio na comparação com o
mesmo mês do ano passado”.
Levantamento realizado pelo SEBRAE-SP
indica que a queda no comércio foi de 4,5% em relação ao ano passado. Serviços
caíram 13,6%, e a indústria, 17,4%.
Já na pauta associada a questões
macro de interesse indireto, destaca-se em O ESTADO DE S.PAULO, que antecipa:
em busca da maior meta possível de superávit primário, a equipe econômica
“conta com um recolhimento de R$ 20 bilhões ainda este ano de créditos
tributários já julgados pelo Conselho Administrativo de Recursos Fiscais
(Carf)”.
“Desse total, cerca de R$ 15 bilhões
são esperados em pagamentos à vista ou parcelados e mais R$ 5 bilhões em
depósitos judiciais”, revela o jornal, atribuindo a meta a “fontes ouvidas pelo
BROADCAST, serviço de tempo real da AGÊNCIA ESTADO”.
Reportagem coordenada do ESTADÃO
reforça que, “após a operação Zelotes, o Conselho Administrativo de Recursos
Fiscais (Carf) faz nesta semana uma sessão inaugural para retomar os trabalhos
com uma ofensiva capaz de agilizar e garantir, até o fim do ano, o julgamento
de 23 mil processos”.
O presidente do Carf, Carlos Aberto
Barreto, afirma que o órgão não ficou parado. “Nesses quatro meses, liberou R$
100 bilhões em créditos tributários de processos já julgados e que poderão ser
cobrados”, reforça o jornal.
O ESTADO DE S. PAULO analisa a
decisão da Procuradoria da República do DF de investigar o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva pelo crime de “tráfico de influência em transação
comercial internacional” – em referência ao apoio em uma negociação da Odebrecht
com os governos de Portugal e Cuba. Jornal afirma que a investigação é a
primeira a “levantar a ponta do véu que encobre a notória ligação de Lula com
empreiteiros poderosos”.
O GLOBO avalia o cenário político que
envolve as relações entre o Congresso e o Planalto, tendo em vista as
investigações envolvendo os presidentes da Câmara e do Senado e um panorama
econômico que necessita que ambas as casas aprovem medidas de ajustes.
VALOR ECONÔMICO, por sua vez,
sustenta que o pronunciamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ),
em cadeia nacional de rádio e TV, no mesmo dia em que anunciou o rompimento com
o governo, mostra como a “visão de Cunha sobre a missão que desempenha já
antecipava o germe do isolamento”.
Explorando a 48ª Cúpula do Mercosul
realizada na semana passada, CORREIO BRAZILIENSE registra que o evento “revelou
sintomas preocupantes da anomalia que acomete as nações do subcontinente: as
ameaças à ordem democrática”, e cita declaração feita pela presidente Dilma
Rousseff frente aos problemas enfrentados pela Argentina e Venezuela.
MERCADO ABERTO, na FOLHA DE S.PAULO,
informa que "a Embraer estuda remanejar até 3.500 funcionários de São José
dos Campos (SP) para São Paulo, Gavião Peixoto (SP) e Melbourne (EUA), segundo
estimativa do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região”.
De acordo com MERCADO ABERTO, “a
reformulação no quadro se deve à transferência da linha de montagem dos aviões
Phenom para os Estados Unidos, além do plano do grupo de concentrar os setores
administrativos e de defesa na capital e em Gavião Peixoto, respectivamente”.
A operação Lava Jato está à frente do
noticiário do dia e dá sequência à intensa cobertura iniciada ontem.
Informação de maior destaque ocupa as
manchetes de primeira página dos principais jornais do país: a Justiça Federal
condenou três ex-executivos da Camargo Corrêa por corrupção, lavagem de
dinheiro e organização criminosa.
Mídia ressalta que essa é a primeira
condenação de executivos investigados na Lava Jato.
Textos coordenados reforça também que
a Polícia Federal indiciou o empresário Marcelo Odebrecht, presidente da maior
empreiteira do país, e mais cinco funcionários e ex-funcionários da empresa.
No contexto da CPI da Petrobras,
FOLHA DE S.PAULO registra que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ),
afirmou que aceita fazer acareação com o delator Julio Camargo.
No entanto, o parlamentar defender
que “sejam aprovadas acareações de Dilma Rousseff e de ministros do governo”.
Em outra frente, parte da mídia
registra que o vice-presidente Michel Temer afirmou ontem, em Nova York, que a
ida de Eduardo Cunha para a oposição gera uma "crisezinha política",
mas não uma "instabilidade institucional", e que o país vive uma
"alegria cívica".
FOLHA DE S.PAULO informa que o
governo federal avalia "rever posições" depois que o presidente do
Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), divulgou um vídeo afirmando que o Brasil
assiste a "um filme de terror sem fim" e classifica de
"tacanho" o ajuste fiscal.
Completando a pauta, O GLOBO informa
que a presidente Dilma Rousseff decide hoje, na véspera do prazo final, se
assina a defesa a ser protocolada no TCU, numa tentativa de evitar a rejeição
das contas de 2014.
Os efeitos da crise econômica estão,
mais uma vez, em primeiro plano. Jornais nacionais exploram dados da indústria,
a perspectiva negativa que cerca o comércio e os mais recentes números do
mercado de trabalho.
Nenhum assunto, porém, se destaca
tanto quanto o debate em torno do cumprimento da meta de superávit estipulada
pelo governo para o ano.
FOLHA DE S.PAULO regista que a
avaliação da equipe econômica é que, sem medidas adicionais de arrecadação e
corte de custos, “o superavit pode terminar o ano em 0,15% do PIB, muito abaixo
da meta estabelecida pelo governo para 2015, de 1,1%”.
Jornal afirma ter apurado que, até a
noite de ontem, a decisão da presidente Dilma Rousseff era manter a meta fixada
para o ano.
No entanto, a ala política e o
Ministério do Planejamento “ainda tentam convencer a presidente a fazer uma
redução para fixar, desde já, um meta ‘realista e crível’”.
O GLOBO informa que, depois da
divulgação de números ruins na semana passada, os analistas do mercado
financeiro esperam retração ainda maior neste ano.
“A previsão de queda do PIB saltou de
1,5% para 1,7%. E no quadro desenhado pelos especialistas há, ainda, mais
inflação em 2015 — embora para o ano que vem as projeções sejam de um recuo dos
índices”.
Infraestrutura também é um dos
pilares do dia. Em meio a expectativas sobre a “arrancada” da nova fase do
programa de concessões em logística lançada pelo governo federal, alguns
veículos voltam a explorar itens como crédito e investimento.
Como ponto de atenção, manchete do
VALOR ECONÔMICO destaca que os empréstimos de longo prazo do BNDES para as
empresas que venceram os cinco leilões de rodovias federais realizados no
governo Dilma Rousseff estão travados.
Jornal explica que, por causa da
dificuldade em cumprir a meta fiscal, o governo praticamente descartou a
capitalização em R$ 1 bilhão de um fundo ligado à Agência Brasileira Gestora
de Fundos Garantidores e Garantia.
Outro tema em evidência refere-se a
movimentos da companhia aérea TAM, que decidiu reduzir entre 8% e 10% sua
oferta de voos nacionais nos próximos meses e vai cortar cerca de 560
trabalhadores. Informação está atrelada a dados negativos do setor ao longo do
ano.
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