Destaques

terça-feira, 21 de julho de 2015

Análise de Mídia - 21 de julho de 2015

A presença da Indústria está associada nesta terça-feira (21) à agenda de comércio exterior. Editorial de O ESTADO DE S.PAULO retoma a cobertura com foco em discussões atualmente em curso no âmbito do Mercosul.

Tendo como referência a 48ª Cúpula de Chefes de Estado, realizada em Brasília, na semana passada, texto ressalta a decisão de prorrogar, automaticamente, até o fim de 2021, para Brasil e Argentina, e de 2023, para Paraguai e Uruguai, as exceções à tarifa externa comum (TEC) e os regimes tributários especiais.

Mais uma vez, critica o ESTADÃO, o encontro de cúpula terminou como esperado: “a retórica superou em muito o relato de fatos e de decisões concretas”.

Sobre os acordos (práticos ou de intenções firmados), ESTADÃO relata que dependerá do governo argentino o andamento das “arrastadas negociações” do Mercosul com a União Europeia.

“Há dias, a Indústria – que sabe a importância da ampliação do mercado externo para a recuperação do setor manufatureiro hoje em profunda crise – manifestou o desejo de que a cúpula do Mercosul assumisse o compromisso de apresentar ofertas concretas à União Europeia até o fim do ano”, resume.


FOLHA DE S. PAULO
Justiça condena primeiros empreiteiros na Lava Jato

O ESTADO DE S. PAULO
Justiça condena 3 da Camargo; PF indicia dono da Odebrecht

O GLOBO
Dirigentes de empreiteira são condenados a 15 anos

VALOR ECONÔMICO
Recessão trava créditos do BNDES para rodovias

CORREIO BRAZILIENSE
Lava Jato tem primeiros empreiteiros condenados


A performance de determinados segmentos da indústria está destaque e transfere ao noticiário certa tensão no trato de questões de curto prazo.

O viés negativo segue determinando o ritmo da pauta. Grande parte da exposição associa produção a vendas – confirmando cenários de estagnação ou mesmo recuo.

Em O ESTADO DE S.PAULO, informação é que a retomada das vendas de veículos novos no Brasil “deve ficar somente para o segundo trimestre de 2016”. A previsão é do presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan.

Para o segundo semestre deste ano, o executivo projeta uma "estabilidade, com viés de alta".

ESTADÃO completa que, segundo Moan, a Anfavea vem provendo ações para aumentar as vendas internas e estimular as exportações, como festivais de vendas com descontos e renovação de acordos comerciais com outros países.

VALOR ECONÔMICO também se dedica a contextualizar a crise do setor automotivo e revela que “as montadoras brasileiras encontram nos vizinhos dos Estados Unidos combustível a uma inesperada reação das exportações após o tombo que, em 2014, levou os embarques da indústria nacional de veículos ao patamar mais baixo em doze anos”.

Texto relata que “enquanto as vendas internas são as mais fracas desde 2007 e a Argentina, principal cliente do setor no exterior, cortou em quase 30% as importações de automóveis montados no Brasil nos últimos quatro anos, o consumo de veículos brasileiros no México, segundo destino internacional, avança 70,1% em 2015, o que significa retomar o padrão de dois anos atrás”.

Ainda no VALOR, destaque para a notícia de que “a venda de eletrodomésticos caiu 11% no primeiro semestre em relação ao mesmo período de 2014”.

Dados divulgados ontem pela Eletros, associação que reúne empresas do setor, reforçam que foram vendidos 7,4 milhões de fogões, lavadores e refrigeradores entre janeiro e junho. Lourival Kiçula, presidente da Eletros, diz que o consumidor está mais receoso em se endividar.

Também no VALOR, breve reportagem registra que o mercado de telefonia móvel brasileiro encerrou junho com 282,4 milhões de linhas ativas – queda de 0,6% em relação a maio. Conforme a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que divulgou os dados ontem, os acessos móveis caíram em todas as regiões do país na comparação mensal.

Entre os temas ainda mais específicos, registra-se na FOLHA DE S.PAULO a notícia de que “a receita das pequenas e médias empresas de São Paulo caiu 10,2% em maio na comparação com o mesmo mês do ano passado”.

Levantamento realizado pelo SEBRAE-SP indica que a queda no comércio foi de 4,5% em relação ao ano passado. Serviços caíram 13,6%, e a indústria, 17,4%.

Já na pauta associada a questões macro de interesse indireto, destaca-se em O ESTADO DE S.PAULO, que antecipa: em busca da maior meta possível de superávit primário, a equipe econômica “conta com um recolhimento de R$ 20 bilhões ainda este ano de créditos tributários já julgados pelo Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf)”.

“Desse total, cerca de R$ 15 bilhões são esperados em pagamentos à vista ou parcelados e mais R$ 5 bilhões em depósitos judiciais”, revela o jornal, atribuindo a meta a “fontes ouvidas pelo BROADCAST, serviço de tempo real da AGÊNCIA ESTADO”.

Reportagem coordenada do ESTADÃO reforça que, “após a operação Zelotes, o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) faz nesta semana uma sessão inaugural para retomar os trabalhos com uma ofensiva capaz de agilizar e garantir, até o fim do ano, o julgamento de 23 mil processos”.

O presidente do Carf, Carlos Aberto Barreto, afirma que o órgão não ficou parado. “Nesses quatro meses, liberou R$ 100 bilhões em créditos tributários de processos já julgados e que poderão ser cobrados”, reforça o jornal.


O ESTADO DE S. PAULO analisa a decisão da Procuradoria da República do DF de investigar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo crime de “tráfico de influência em transação comercial internacional” – em referência ao apoio em uma negociação da Odebrecht com os governos de Portugal e Cuba. Jornal afirma que a investigação é a primeira a “levantar a ponta do véu que encobre a notória ligação de Lula com empreiteiros poderosos”.

O GLOBO avalia o cenário político que envolve as relações entre o Congresso e o Planalto, tendo em vista as investigações envolvendo os presidentes da Câmara e do Senado e um panorama econômico que necessita que ambas as casas aprovem medidas de ajustes.

VALOR ECONÔMICO, por sua vez, sustenta que o pronunciamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em cadeia nacional de rádio e TV, no mesmo dia em que anunciou o rompimento com o governo, mostra como a “visão de Cunha sobre a missão que desempenha já antecipava o germe do isolamento”.

Explorando a 48ª Cúpula do Mercosul realizada na semana passada, CORREIO BRAZILIENSE registra que o evento “revelou sintomas preocupantes da anomalia que acomete as nações do subcontinente: as ameaças à ordem democrática”, e cita declaração feita pela presidente Dilma Rousseff frente aos problemas enfrentados pela Argentina e Venezuela.


MERCADO ABERTO, na FOLHA DE S.PAULO, informa que "a Embraer estuda remanejar até 3.500 funcionários de São José dos Campos (SP) para São Paulo, Gavião Peixoto (SP) e Melbourne (EUA), segundo estimativa do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região”.

De acordo com MERCADO ABERTO, “a reformulação no quadro se deve à transferência da linha de montagem dos aviões Phenom para os Estados Unidos, além do plano do grupo de concentrar os setores administrativos e de defesa na capital e em Gavião Peixoto, respectivamente”.



A operação Lava Jato está à frente do noticiário do dia e dá sequência à intensa cobertura iniciada ontem.

Informação de maior destaque ocupa as manchetes de primeira página dos principais jornais do país: a Justiça Federal condenou três ex-executivos da Camargo Corrêa por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Mídia ressalta que essa é a primeira condenação de executivos investigados na Lava Jato.

Textos coordenados reforça também que a Polícia Federal indiciou o empresário Marcelo Odebrecht, presidente da maior empreiteira do país, e mais cinco funcionários e ex-funcionários da empresa.

No contexto da CPI da Petrobras, FOLHA DE S.PAULO registra que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou que aceita fazer acareação com o delator Julio Camargo.

No entanto, o parlamentar defender que “sejam aprovadas acareações de Dilma Rousseff e de ministros do governo”.

Em outra frente, parte da mídia registra que o vice-presidente Michel Temer afirmou ontem, em Nova York, que a ida de Eduardo Cunha para a oposição gera uma "crisezinha política", mas não uma "instabilidade institucional", e que o país vive uma "alegria cívica".

FOLHA DE S.PAULO informa que o governo federal avalia "rever posições" depois que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), divulgou um vídeo afirmando que o Brasil assiste a "um filme de terror sem fim" e classifica de "tacanho" o ajuste fiscal.

Completando a pauta, O GLOBO informa que a presidente Dilma Rousseff decide hoje, na véspera do prazo final, se assina a defesa a ser protocolada no TCU, numa tentativa de evitar a rejeição das contas de 2014.


Os efeitos da crise econômica estão, mais uma vez, em primeiro plano. Jornais nacionais exploram dados da indústria, a perspectiva negativa que cerca o comércio e os mais recentes números do mercado de trabalho.

Nenhum assunto, porém, se destaca tanto quanto o debate em torno do cumprimento da meta de superávit estipulada pelo governo para o ano.

FOLHA DE S.PAULO regista que a avaliação da equipe econômica é que, sem medidas adicionais de arrecadação e corte de custos, “o superavit pode terminar o ano em 0,15% do PIB, muito abaixo da meta estabelecida pelo governo para 2015, de 1,1%”.

Jornal afirma ter apurado que, até a noite de ontem, a decisão da presidente Dilma Rousseff era manter a meta fixada para o ano.

No entanto, a ala política e o Ministério do Planejamento “ainda tentam convencer a presidente a fazer uma redução para fixar, desde já, um meta ‘realista e crível’”.

O GLOBO informa que, depois da divulgação de números ruins na semana passada, os analistas do mercado financeiro esperam retração ainda maior neste ano.

“A previsão de queda do PIB saltou de 1,5% para 1,7%. E no quadro desenhado pelos especialistas há, ainda, mais inflação em 2015 — embora para o ano que vem as projeções sejam de um recuo dos índices”.

Infraestrutura também é um dos pilares do dia. Em meio a expectativas sobre a “arrancada” da nova fase do programa de concessões em logística lançada pelo governo federal, alguns veículos voltam a explorar itens como crédito e investimento.

Como ponto de atenção, manchete do VALOR ECONÔMICO destaca que os empréstimos de longo prazo do BNDES para as empresas que venceram os cinco leilões de rodovias federais realizados no governo Dilma Rousseff estão travados.

Jornal explica que, por causa da dificuldade em cumprir a meta fiscal, o governo praticamente descartou a capitalização em R$ 1 bilhão ­de um fundo ligado à Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantia.

Outro tema em evidência refere-se a movimentos da companhia aérea TAM, que decidiu reduzir entre 8% e 10% sua oferta de voos nacionais nos próximos meses e vai cortar cerca de 560 trabalhadores. Informação está atrelada a dados negativos do setor ao longo do ano.

0 comentários:

Postar um comentário

Calendário Agenda