Belo Horizonte - Os avanços na
integração de cadeias produtivas do Mercosul foram discutidos no primeiro dia
de realização do V Fórum Empresarial do bloco. O evento está sendo realizado em
Belo Horizonte até amanhã e conta com representantes do Brasil, Paraguai,
Uruguai, Argentina, Venezuela e outros países da América do Sul.
O secretário de Desenvolvimento da
Produção do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
(MDIC), Carlos Gadelha, participou hoje da plenária e disse que a integração
das cadeias produtivas é atualmente o tema mais ambicioso do Mercosul.
"Integração produtiva pressupõe novas formas de competir com o
mundo", disse.
Também participaram das discussões o
alto representante-geral do Mercosul, Florisvaldo Fier; o gerente de Assuntos
de Comércio Exterior da Associação Brasileira da Indústria Química
(Abiquim), Eder da Silva; e o presidente da Associação Brasileira dos
Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), Synesio Baptista.
O grande case apresentado na plenária
foi o do setor de brinquedos, que conseguiu, nos últimos anos, aumentar a
participação no mercado doméstico em relação à China. "Quando começamos a
trabalhar regionalmente a China tinha 70% do mercado. Agora o produto fabricado
no Mercosul já responde por 51% do consumo", disse Synesio Baptista.
O setor de brinquedos, segundo
Synesio, não demite há mais de quatro anos. "No ano passado, nós criamos
1,2 mil novas vagas no Mercosul", comemorou. Ele disse que, em média,
crianças do bloco ganham sete brinquedos por ano. O Mercosul tem 75 milhões de
crianças, consome R$ 5,5 bilhões por ano em brinquedos e é o quinto maior
mercado infantil do mundo. Synesio explicou que a segunda maior fábrica de
brinquedos fora da China está instalada no Paraguai e que o Uruguai investe na
formação de designers.
Para Eder da Silva a integração
produtiva da indústria química permitiu que o Brasil se estabelecesse como
sexto maior produtor mundial de químicos. A cadeia é muito longa e exige
altos investimentos. "Para a indústria química é fundamental planejamentos
de médio e longo prazos, principalmente quando se pensa nos setores
petroquímico e de gás, dois importantes mercados do Mercosul", explicou.
Para encerrar a plenária, Florisvaldo
Fier, que mediou as conversas, reforçou que crise no Mercosul se supera com
mais Mercosul.
Fonte: MDIC
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