A Agência Nacional de
Saúde Suplementar (ANS) disponibiliza uma nova edição do Prisma
Econômico-Financeiro da Saúde Suplementar com informações relativas ao 2º
trimestre de 2017. A publicação traz o perfil econômico-financeiro do setor com
dados por segmento, modalidade e porte das operadoras de planos de saúde.
Segundo o relatório, as
contraprestações efetivas das operadoras de planos de saúde somaram o montante
de R$ 169,45 bilhões no histórico dos últimos 12 meses (até junho de 2017), já
as despesas assistenciais totalizaram R$ 143,05 bilhões no mesmo período. Tanto
receitas como despesas cresceram praticamente no mesmo patamar (cerca de 11%)
em relação à série histórica do ano anterior.
A margem de lucro líquido das
operadoras do segmento médico-hospitalar permaneceu estável em 4%, ou seja,
para cada R$ 100 de receitas com planos de saúde, as operadoras obtiveram R$ 4
de lucro.
César Serra, diretor-adjunto
de Normas e Habilitação das Operadoras da ANS, destaca que o Prisma é uma
importante ferramenta para avaliar o cenário econômico-financeiro do setor. O
diretor aponta que os dados de sinistralidade permaneceram estabilizados no
período. Já a variação de custos médico-hospitalares (VCMH), pela primeira vez
sugere tendência de redução, informação que precisa ser acompanhada de perto no
próximo período.
No segmento médico-hospitalar,
o resultado financeiro continuou contribuindo de forma positiva para a melhora
dos indicadores econômico-financeiros. Porém, tal trajetória não se mostrou tão
acentuada como em períodos anteriores, possivelmente em virtude da tendência de
baixa dos juros na economia. Já o segmento exclusivamente odontológico
historicamente não conta com a contribuição tão significativa dos resultados
financeiros em suas contas, por possuir menos ativos garantidores e
historicamente recorrer mais a empréstimos.
Provisões técnicas -
Ao final do 2º trimestre de 2017, o volume de provisões técnicas totalizava R$
36,35 bilhões e o de ativos garantidores vinculados à ANS superou R$ 35,47
bilhões. Tais números representam aumento nominal de 9% e 48%, respectivamente,
em relação ao final de 2016. Cabe ressaltar que os ativos garantidores são o
lastro financeiro das reservas do setor (provisões técnicas), importante
ferramenta de segurança e solidez.
Na avaliação do
diretor-adjunto, a despeito do menor retorno financeiro, já explicado pela
tendência de queda dos juros, o aumento da vinculação de ativos garantidores à
ANS pode ser resultado da necessidade de adequação às alterações regulatórias
promovidas pela RN nº 419, de 26/12/2016.
A edição atual do Prisma
compreende três capítulos: Dados Consolidados do Setor de Saúde Suplementar;
Ativos Garantidores e Provisões Técnicas; e Indicadores Econômico-Financeiros.
Os valores e indicadores econômico-financeiros e de garantia do Prisma são
todos extraídos de demonstrações contábeis, Documentos de Informações
Periódicas das Operadoras de Planos de Assistência à Saúde (DIOPS) e outras
informações obrigatoriamente reportadas trimestralmente pelas operadoras à ANS nos
últimos oito trimestres, o que corresponde a quase três anos de
levantamento.
Confira, em anexo, o
Prisma Econômico-Financeiro da Saúde Suplementar na íntegra. O material também
está disponível para consulta na Biblioteca
ANS.
ANS
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