26.07.2022
- Ucrânia acusa Lula de fazer
propaganda da Rússia e o coloca na lista de ‘oradores da desinformação’
Ex-presidente declarou à
revista americana ‘Times’ que Zelensky era tão culpado quanto Putin pelo
conflito no Leste Europeu
* A Ucrânia acusou o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de fazer propaganda da Rússia na
guerra e o incluiu em uma lista de “oradores que promovem narrativas de
propaganda russa”. A acusação foi divulgada por meio do site do Centro para
Contenção de Desinformação, uma entidade criada por Volodymyr Zelensky em 2021
e que integra a guerra de informação entre Rússia e Ucrânia, tendo como base o
que Kiev considera como fake news e manipulação do Kremlin. Lula é o único
brasileiro que integra a lista, e as razões que fizeram com que ele entrasse
nela foram: ter dito durante uma entrevista a revista americana Times que
Zelensky era tão culpando quando Vladimir Putin pela guerra: “Fico vendo o
presidente da Ucrânia na televisão como se estivesse festejando, sendo
aplaudido em pé por todos os parlamentos, sabe? Esse cara é tão responsável
quanto o Putin. Ele é tão responsável quanto o Putin. Porque numa guerra não
tem apenas um culpado”, e ter dito que a Rússia deveria liderar uma nova ordem
mundial. Quanto a essa declaração, não há evidências, o que pode ser encontrado
são falas onde o ex-presidente fala sobre a ideia de uma diplomacia dominada
pelos EUA e Europa. Ao todo, a “lista de Zelensky”, conta com 78 pessoas, sendo
que 30 delas são americanas.
- Em esforço concentrado após
o recesso, Câmara deve votar PL que torna política de cotas permanente
Pedido para inclusão da pauta
foi feito pela oposição, mas ainda não há certeza sobre o quórum para votação
por causa do início do período oficial de campanha eleitoral
* A Câmara dos Deputados se
prepara para esforço concentrado após o recesso parlamentar. Segundo o
presidente da casa, Arthur Lira (PP-AL), a pauta desse esforço convocado por
ele será definida de acordo com as votação que também ocorrerem no Senado
Federal. Entretanto, Lira confirmou que a Câmara deve analisar medidas
provisórias que podem perder a validade se não forem analisadas, além do rol
taxativo Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) sobre a cobertura dos
planos de saúde. A questão dos planos foi debatida no Supremo Tribunal de
Justiça (STJ), que determinou que os planos devem cumprir um taxativo de
procedimentos e não um rol exemplificativo. Agora, o tema vai ser discutido
pelo Congresso Nacional. A pedido da oposição, Lira anunciou que vai pautar
também o projeto que torna permanente a política de cotas para o ingresso de
pretos, pardos, indígenas, pessoas com algum tipo de deficiência e alunos de
escolas públicas em instituições de ensino federal. A grande questão é saber se
haverá quórum no Congresso, isso porque o período escolhido por Lira para o
esforço concentrado coincide com a última semana das convenções partidárias.
Além disso, na sequência, começa o período oficial de campanha eleitoral no
país, o que deve atrair o foco dos parlamentares, principalmente em seus
redutos eleitorais, passando a ir menos a Brasília.
- Bolsonaro diz ser preciso
deixar ‘politicamente correto’ de lado em certos momentos
Presidente participou de um
fórum em São Paulo com lideranças do agronegócio e falou sobre diversos
aspectos do seu governo
* O presidente da República,
Jair Bolsonaro (PL), participou de um fórum em São Paulo com lideranças do
agronegócio e falou sobre diversos aspectos do seu governo. Ele abordou as
dificuldades encaradas durante a pandemia da Covid-19, afirmando que qualquer
outro governo jamais enfrentou cenário parecido. Ele ressaltou que é preciso
coragem e indicou que, em certas ocasiões, é necessário deixar o “politicamente
correto” de lado. “Nenhum governo enfrentou o que nós enfrentamos, dois anos de
pandemia, pesada política do ‘fica em casa e a economia a gente vê depois’. E
alguns querem colocar a culpa em mim das consequências. Quando fecharam as
universidades, eu falei ‘as minhas três não fecharão. A Academia Militar das
Agulhas Negras, Academia da Força Aérea e a Escola Naval’. E se alguém morrer?
‘Bota a culpa em mim!’. Ninguém sequer foi hospitalizado. Ou seja, nós temos
que ter coragem para enfrentar as adversidades. Não podemos ser politicamente
correto o tempo todo”, disse.
* Acompanhado de diversos
ministros de Estado, em discurso ele também destacou a agilidade do governo em
assegurar insumos para fertilizantes a fim de garantir a produção, apesar da
crise global que envolve o produto devido à guerra entre Rússia e Ucrânia.
“Fomos à Rússia. Conversei com o presidente Putin sobre a crítica de 99,9% da
imprensa brasileira, sobre a crítica de outros países. Mas eu sou presidente do
Brasil. Quero paz. Não quero guerra em lugar nenhum do mundo. Faço o possível
por isso. Mas não posso trazer um problema lá de fora para o nosso colo sem
poder solucioná-lo. Ficaríamos com dois problemas. Fizemos a nossa parte. O
presidente Putin me atendeu muito bem, três horas de conversa. Quase 30 navios
já aportaram aqui depois dessa conversa, garantindo insumos para o nosso agro.
Imaginem o Brasil reduzindo a sua produtividade por falta de fertilizantes”,
comentou Bolsonaro.
O líder da nação ainda abordou
um tema que frequentemente é alvo de críticas em seu governo, a preservação do
meio ambiente. Bolsonaro lamentou os incêndios que têm devastado florestas no
sudoeste da França há mais de 10 dias e ironizou aqueles que usam catástrofes
para atacá-lo. “Florestas enormes sendo queimadas na França. Imaginem se fossem
poucos hectares no pantal sul-mato-grossense como estaria a mídia brasileira
tratando deste assunto. Lamentamos as milhares de mortes na França. Mas essas
coisas acontecem e não se pode aproveitar momentos como esse, de catástrofe,
para culpar outros países. E nós temos essa política por tradição”, pontuou.
- PGR pede que STF arquive
ações envolvendo Bolsonaro abertas pela CPI da Covid-19
Pedido foi enviado ao Supremo
nesta segunda-feira, 25, e é assinado pela vice-procuradora-geral Lindôra
Araújo; caberá aos ministros relatores decidirem se arquivam ou não as
apurações
- Ala do MDB aciona a Justiça
para suspender convenção que lançaria Tebet à Presidência
Argumento é que plataforma
digital escolhida para votação não preserva o sigilo do voto, o que caracteriza
‘grave irregularidade’; mais cedo, Renan Calheiros defendeu adiamento
* Filiado ao Movimento
Democrático Brasileiro (MDB), o prefeito Hugo Wanderley Caju, de Alagoas,
entrou com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta segunda-feira,
25, pela anulação da convenção nacional da legenda. A justifica é que a
plataforma digital escolhida pelo partido para realização da votação não
preserva a garantia de sigilo do voto, o que caracteriza “grave irregularidade”
e desrespeito ao estatuto da sigla. “A ausência de sigilo nas votações
representa grave risco de escolha antidemocrática entre filiados, haja vista a
possibilidade de culminar no afastamento de pré-candidatos que desejariam
disputar o pleito”, diz documento, que defende a suspensão da reunião marcada
para a quarta-feira, que lançaria a candidatura da senadora Simone Tebet à
presidência da República.
* Embora sequer mencione o
nome da parlamentar, o pedido de suspensão da convenção nacional do MDB
acontece em meio a disputas internas no partido em torno da candidatura. De um
lado, o presidente nacional do partido, deputado federal Baleia Rossi (SP),
defende o lançamento da chapa para as eleições de 2022, enquanto outros
filiados pedem a retirada em razão do baixo desempenho nas pesquisas
eleitorais, que fica entre 2% e 3%. Mais cedo, o senador Renan Calheiros
(MDB-AL), que compõem a ala pró-Lula na sigla, defendeu o adiamento da
convenção para 5 de agosto, data limite para apresentação dos candidatos, e
falou sobre possível judicialização do impasse no partido.
- Nova Carteira de Identidade
começa a ser emitida nesta terça-feira (26)
Rio Grande do Sul será
primeiro estado a emitir documento; Acre, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais
e Paraná iniciam na sequência
* O Rio Grande do Sul começa a
emitir nesta terça-feira (26) a Carteira de Identidade Nacional (CIN). O novo
documento adotará o número do CPF como registro geral, único e válido para todo
o Brasil.
Após o estado sulista,
“seguirão nos dias seguintes os órgãos de identificação civil no Acre, Distrito
Federal, Goiás, Minas Gerais e Paraná. Ainda não há previsão de emissão nos
demais estados”, informou a Receita Federal, em comunicado.
* De acordo com a Receita, a
CIN será emitida, neste momento, apenas para cidadãos que estiverem com as
informações atualizadas no CPF.
“Cidadãos que não possuírem ou
estiverem com as informações incorretas no CPF poderão recorrer aos canais de
atendimento à distância da Receita Federal para resolver sua situação”,
afirmou.
* A atualização das
informações no CPF pode ser realizada de forma gratuita pela internet, no site
da Receita Federal. Em algumas situações, o procedimento gera um protocolo de
atendimento. Nestes casos, os documentos solicitados podem ser enviados para a
Receita por e-mail.
O novo modelo de documento começará a ser obrigatório em 2032.
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