Vários rincões do país têm
encontrado grandes dificuldades para disponibilizar e organizar o sistema de
triagem neonatal, isto é, o teste do pezinho ampliado.
“Em estados em que houve a
implantação do teste ampliado, como, por exemplo, São Paulo, o índice de
cobertura demonstra que 98% dos bebês que nascem são submetidos a esse teste
diagnóstico. No entanto, em muitas regiões esse percentual é bastante
reduzido”, alertou a presidente da Sociedade Brasileira de Triagem Neonatal
Erros Inatos do Metabolismo (SBTEIM), Dra. Tânia Bachega.
No ano de 2021, de acordo com
a endocrinologista, houve uma queda da natalidade por conta da pandemia, “mesmo
assim tivemos 600 mil nascimentos no ano, o que equivale ao número de muitos
países da Europa. Na avaliação da SBTEIM, toda a população merece o acesso às
novas tecnologias de saúde”, defende ela.
Na opinião da dirigente, o
Brasil com dimensões continentais, tem regiões com menor desenvolvimento
econômico que encontram dificuldades para realizar as doenças do teste ampliado.
Não podemos deixar de olhar onde a triagem não vai bem”, afirmou Tânia que
prossegue, “o teste do pezinho, caso positivo, não confirma que a criança tem a
doença. É preciso realizar testes confirmatórios, específicos para cada doença,
para completar o diagnóstico. Algumas regiões do país, contudo, não realizam
esses testes confirmatórios. É preciso capacitar pediatras e geneticistas para
melhor diagnosticar e tratar as 45 novas doenças que seriam incluídas no
teste”, advertiu.
A presidente da SBTEIM ressaltou que se aproximou do MEC (Ministério da Educação e Cultura) com a proposta de criar uma grade de doenças raras na graduação nos cursos de Medicina. “Se a gente tem agora um Programa Nacional, que significa um grande desenvolvimento em longo prazo, temos que pensar também em tratar bem essas doenças”, concluiu a médica. (Com informações da Oficina de Mídia – assessoria de imprensa da SBTEIM – 20.07.22)
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