Referências específicas à
Indústria seguem restritas no noticiário desta sexta-feira (10). Principais
menções estão focadas em abordagens sobre perspectivas do crescimento econômico
do país.
E destaque, CORREIO
BRAZILIENSE registra novas projeções da CNI sobre o PIB nacional, com
aprofundamento das expectativas negativas relativas à recessão.
Texto relata que, enquanto em
março a previsão para o ano era de queda de 1,2%, agora a variação negativa
esperada pela entidade é de 1,6. No recorte relativo especificamente à
indústria, a retração esperada é de 3,8%, ante os 3,4% de março.
CORREIO publica avaliação
conferida a FLÁVIO CASTELO BRANCO, gerente executivo de Política Econômica da
CNI: “A deterioração foi mais intensa nos primeiros seis meses do que
esperávamos no início do ano”.
O gerente da CNI ressalta
ainda que a retomada só deverá começar a ocorrer em meados de 2016. “O fundo do
poço deve ser alcançado em algum momento do segundo semestre”, afirmaCASTELO
BRANCO.
Sobre o assunto, BRASIL
ECONÔMICO relata que “a previsão da CNI é ainda mais pessimista que o consenso
do mercado financeiro e do Fundo Monetário Internacional (FMI), que apostam em
retração do PIB brasileiro de 1,5% em 2015”.
Jornal aponta ainda que, para
a CNI, o ajuste fiscal é indispensável para a retomada do crescimento a partir
do ano que vem. “’A pedra angular (da retomada do crescimento) é o reequilíbrio
das contas públicas’, sentenciou a CNI”.
BRASIL ECONÔMICO publica ainda
breve entrevista com CASTELO BRANCO. O gerente da CNI afirma não acreditar que
o governo consiga cumprir a meta de superávit primário de 1,1% programada para
este ano.
Sobre o pessimismo do
empresariado, CASTELO BRANCO aponta para uma conjunção de fatores.
“O empresário, vendo a
situação tão ruim, extrapola esse cenário para o futuro, e não vê melhora no
curto prazo. A deterioração das contas públicas levou a tuna expectativa de
ajuste que deixa claro que a economia vai demorar bastante para retomar a
normalidade. E tem o ambiente político, de grande instabilidade”, afirma o
gerente da CNI.
FOLHA DE S. PAULO
Papa critica capitalismo em
sua fala mais política
O ESTADO DE S. PAULO
Cardozo vai a CPI para poupar
o PT e o governo
O GLOBO
E-mails mostram poder da Odebrecht
na Petrobras
VALOR ECONÔMICO
Recessão promove forte ajuste
no déficit externo
CORREIO BRAZILIENSE
Golpista vendia sonho de
lançar astros do futebol
BRASIL ECONÔMICO
Taxa de desemprego chega a
8,1% no trimestre
Mercado de trabalho está no
centro da pauta de interesse específico do setor. Jornais destacam dados da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE, que
mostram que o desemprego subiu para 8,1% no trimestre encerrado em maio, maior
valor da série da pesquisa, iniciada em 2012.
O GLOBO anota que, “pela
primeira vez desde o início da série histórica do levantamento, em 2012, o
número de pessoas com algum tipo de ocupação ficou estagnado, indicando que o
país parou de gerar vagas”.
O ESTADO DE S.PAULO registra
que, “para os próximos meses, a previsão é de que deterioração desse cenário
vai continuar” e destaca que, entre os setores econômicos, a construção lidera
o fechamento de postos de trabalho, com 636 mil vagas a menos no último ano.
Em outro texto, ESTADÃO
registra que o ministro do Trabalho, Manoel Dias, avalia que o fechamento
recorde de 244 mil vagas no Brasil nos primeiros cinco meses deste ano não é
“um desastre”, comparado ao total de vagas geradas desde o início do governo
Lula, em 2003.
Como ponto de atenção, FOLHA
DE S.PAULO aponta para quadro de retração entre as micro e pequenas empresas.
Jornal destaca que o setor,
considerado o principal gerador de vagas formais desde 2012, tiver em maio mais
vagas fechadas do que abertas, pela primeira vez desde 2009.
FOLHA registra que, de acordo
com dados do Sebrae, “o estoque de carteiras assinadas nas micro e pequenas
encolheu em 456 vagas”. Em maio de 2014, o saldo positivo na criação de vagas
havia sido de 104 mil vagas, anota o jornal.
Reportagem chama a atenção
para o fato de que “o setor mais afetado é o da pequena indústria de
transformação, com o fechamento de 19 mil vagas em maio”.
As avaliações sobre o Programa
de Proteção ao Emprego continuam presentes nos jornais, embora em volume menor.
O ESTADO DE S.PAULO publica
entrevista com o economista-chefe do Ministério do Planejamento, Manoel Pires,
apontando como responsável pelo “desenho” do program.
Ele sai em defesa do plano do
ponto de vista fiscal e afirma que o PPE “é um subsídio do governo para que
trabalhadores e empresários negociem em acordo coletivo a redução da jornada”,
que “permite ajustar o ciclo de produção à queda da demanda”.
Reportagem do VALOR ECONÔMICO
relata o acirramento das negociações entre montadoras e sindicatos com o
advento do PPE.
“Desde a confirmação do
programa na segunda-feira, dirigentes de montadoras comemoram a possibilidade
de cortar custos trabalhistas, ao passo que no meio sindical - onde o plano
teve apoio, mas não foi unanimidade - fala-se em cobrar ‘sacrifícios’ das
empresas que aderirem ao PPE”, registra o texto.
Complementando a pauta do dia,
O ESTADO DE S.PAULO noticia que a CPI do Carf aprovou ontem requerimentos pela
convocação do presidente do Conselho de Administração da Engevix Engenharia,
Cristiano Kok, e do executivo-chefe da Huawei do Brasil, Jason Zhao.
“Ontem, o colegiado ouviu o
depoimento do presidente da Mitsubishi no Brasil, Robert Rittscher, mas
dispensou o representante da Ford, Steven Armstrong, de vir à comissão”,
informa o jornal.
Em atenção à agenda
legislativa, FOLHA DE S. PAULO aborda, em editorial, a aprovação, pelo Senado,
da MP que, alterada, estendeu a política de reajuste do salário mínimo a todos
os benefícios previdenciários. “Lutas políticas obviamente pertencem ao jogo
democrático, mas ‘é bom que se chame à consciência de que tudo tem um limite’,
como sustentou Eduardo Cunha.”
Com foco nos efeitos da
inflação, O ESTADO DE S. PAULO explora dados recentes, previsões sobre a novos
aumentos da Selic e o aperto do crédito. Nesse cenário, editorial expõe que “um
aperto mais severo das contas públicas tomaria mais eficaz a ação
anti-inflacionária, mas o ajuste das contas públicas tem sido mais difícil do
que o governo indicou no começo do ano”.
Também na cena econômica,
editorial do CORREIO BRAZILIENSE trata da “derrocada do emprego”, com base nos
dado do IBGE, e afirma que “cresce é a compreensão do setor produtivo de que,
por mais estreita e penosa que seja a ponte do ajuste das contas públicas, não
há como chegar à outra margem sem passar por ela”.
O GLOBO, por sua vez, dá
destaque para o panorama chinês, lembrando que o país é o que mais importa do
Brasil, e mostra a importância do novo programa que pode estimular as
exportações - uma estratégia que estava fazendo falta. “Não se pode continuar a
depender basicamente de desvalorizações cambiais para sustentar o comércio
exterior”, assinala o jornal, em editorial.
VALOR ECONÔMICO sustenta, em
editorial, que para melhorar o panorama econômico o governo precisa “dispor de
recursos para uma vigorosa política anticíclica”, e conclui que mesmo que a
presidente Dilma não seja condenada nos processos do TCU e do TSE “será difícil
reconquistar a popularidade com a economia remando contra”.
MERCADO ABERTO, na FOLHA DE
S.PAULO, informa que “a crise econômica e a debilidade da indústria brasileira
foram sentidas pelo quinto mês seguido no mercado livre de energia”,
sublinhando que, “em maio, a demanda de energia caiu 3,66% em relação ao mesmo
mês do ano passado, de acordo com índice da comercializadora de energia Comerc”.
ELIANE CANTANHÊDE, em O ESTADO
DE S.PAULO, afirma que o PPE “até faz sentido para mitigar o efeito da crise na
chamada base da pirâmide, mas alguém tem de explicar duas coisas: 1) se o FAT
adiou até o pagamento do abono salarial, como vai bancar os 15% de salários
cortados? 2) é só por acaso que o setor automobilístico é o mais beneficiado,
ou tem gato político rondando a decisão?”.
Ainda no ESTADÃO, CELSO MING
aborda as projeções para o PIB deste ano e aponta que “da indústria não se
espera mais do que um tombo e tanto, de 4,7%”.
Em artigo na FOLHA DE S.PAULO,
Maria Alice Setubal, presidente dos conselhos do Centro de Estudos e Pesquisas
em Educação, Cultura e Ação Comunitária - Cenpec e da Fundação Tide Setubal, aponta
que “a crise educacional não será superada sem o envolvimento dos professores”.
“Não bastará um novo
currículo, inclusão de inovações tecnológicas, expansão da educação integral e
de políticas de equidade e respeito à diversidade cultural sem profissionais
capacitados”, afirma Neca, como é conhecida, completando que “esse ponto exige
uma revolução na educação por meio de uma política de valorização que inclua
plano de carreira, salário e mudanças estruturais na formação inicial e
continuada”.
No VALOR ECONÔMICO, artigo
assinado por Armen Ovanessoff, diretor do Institute for High Performance, da
Accenture, afirma que, “sem uma ação combinada entre as empresas locais, o país
corre o risco de escorregar ainda mais no ranking global de inovação e
competitividade econômica”.
Texto destaca três pontos para
que o Brasil posso aproveitar o seu pontencial ao máximo.
“Primeiro, as empresas devem
se engajar de forma muito mais profunda com oportunidades de inovação
internacionais. Em segundo, devem construir relacionamentos e redes mais fortes
para manter a natureza colaborativa da inovação global. E, em terceiro, assumir
a liderança em inovação por meio do desenvolvimento de modelos comerciais
inteligentes que capitalizem os pontos fortes do país e minimizem suas
deficiências”, anota Ovanessoff.
Mídia nacional segue atenta ao
embate entre governo e oposição, garantindo a exposição da crise política
enfrentada pelo Planalto.
Jornais destacam mais uma
declaração da presidente Dilma Rousseff, após participar da VII Cúpula do Brics
na Rússia, em ataque a oposição. Textos relatam que a chefe do executivo voltou
a usar a palavra "golpista" em suas críticas.
FOLHA DE S.PAULO registra que
Dilma rebateu as acusações de que tentou inibir os tribunais que investigam
contas do seu governo e de sua campanha à reeleição.
O ESTADO DE S.PAULO expõe que
o vice-presidente Michel Temer defendeu a presidente e disse que ela vai
continuar no cargo “até o final com muita tranquilidade”.
Na agenda legislativa,
veículos repercutem que a Câmara aprovou novas regras eleitorais que restringem
doações de empreiteiras e enxugam as campanhas e seus gastos
FOLHA DE S.PAULO relata que a
votação foi marcada por desentendimentos e o conteúdo o projeto foi alterado
várias vezes antes de ir a votação.
Jornal paulista registra que
“críticos da medida argumentam que ela beneficiaria candidatos já estabelecidos
e com mais recursos, e dificultaria a renovação da política”.
“As novas regras só passam a
valer depois de aprovadas pelo Senado e sancionadas pela presidente Dilma
Rousseff”, informa O ESTADO DE S.PAULO.
A operação Lava Jato volta a
ocupar espaços relevantes no noticiário.
Mídia nacional destaca que a
CPI da Petrobras aprovou a convocação do ministro da Justiça, José Eduardo
Cardozo, e de delegados para explicarem suspeitas sobre a escuta encontrada na
cela do doleiro Alberto Youssef em abril do ano passado.
O ESTADO DE S.PAULO afirma que
o ministro da Justiça foi escalado para falar à comissão “porque petistas temem
que ex-ministro José Dirceu e ministros Mercadante (Casa Civil) e Edinho Silva
(Comunicação Social) exponham o partido e a Presidência ao serem confrontados
pela oposição”.
FOLHA DE S.PAULO relata que
“integrantes da Polícia Federal veem a convocação como tentativa de
desqualificar e prejudicar a operação, mas descartam consequências negativas à
investigação”.
Jornais registram ainda que a
lista de convocações inclui também os presidentes da Odebrecht, Marcelo
Odebrecht, e da Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo.
Como ponto de atenção,
manchete de O GLOBO destaca que “e-mails de um diretor da Odebrecht apreendidos
pela Lava Jato reforçam indícios de que a empresa tinha acesso a informações
privilegiadas na Petrobras”.
Em outro texto, O GLOBO
informa que a Odebrecht negou irregularidades no seu relacionamento com a
estatal ou na participação em licitações.
Além das informações focadas
no mercado de trabalho, noticiário econômico repercute ainda que o FMI voltou
reduzir a previsão para o crescimento do Brasil. Em 2015, a projeção é que o
PIB do país tenha queda de 1,5%.
O ESTADO DE S.PAULO relata que
o FMI espera ainda que a recuperação do Brasil no ano que vem seja mais fraca.
“A previsão é que o PIB avance 0,7%, abaixo da alta de 1% prevista no relatório
divulgado em abril”.
Em outra frente de noticiário,
FOLHA DE S.PAULO registra que a presidente Dilma indicou ontem o caminho que
adotará em relação à extensão do de reajuste do mínimo para todos os benefícios
da Previdência.
A presidente disse que não
poderia discutir o veto porque não "avaliou completamente" o assunto.
FOLHA afirma ter apurado que
“uma das propostas em análise pela área técnica do governo é mudar o índice que
corrige as aposentadorias, trocando o INPC atual por um índice que mede a
inflação da terceira idade”.
O ESTADO DE S.PAULO expõe que
as centrais sindicais já estão mobilizadas para propor ao governo “uma medida
que garanta ganho real aos aposentados, acima da inflação, para benefícios
superiores ao piso”.
Completando a pauta, ESTADÃO
registra que a CPI do Senado que apura as irregularidades do Carf aprovou a
convocação de mais executivos de grandes empresas para prestar depoimento.
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