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sexta-feira, 3 de julho de 2015

Planta do Tecpar em Maringá pode produzir dois novos medicamentos

A planta do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) em Maringá que vai produzir o Bevacizumabe, oncológico usado no tratamento do câncer, pode vir a incluir na sua linha de produção outros dois medicamentos, o Adalimumabe e Infliximabe. O instituto concorre para se tornar o fornecedor oficial desses produtos ao Ministério da Saúde e, caso vença a concorrência, vai produzir na cidade do Noroeste do Paraná esses biológicos.

O diretor-presidente do Tecpar, Júlio C. Felix, se reúne nesta sexta-feira (3) com o secretário estadual de Planejamento, Silvio Barros, e o prefeito de Maringá, Carlos Roberto Pupin, para avaliar o andamento das obras de infraestrutura do Tecnoparque da cidade, onde a planta será instalada. Além disso, Felix apresenta na cidade a possibilidade de produzir novos medicamentos na mesma fábrica.

O Tecpar concorre para fornecer ao Ministério da Saúde os biológicos Adalimumabe e Infliximabe, medicamentos usados para tratamento de artrite reumatoide, psoríase e outras doenças crônicas. Essa produção pode ocorrer via Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP), mecanismo utilizado pelo ministério para que laboratórios públicos produzam no país, em parceria com empresas privadas, medicamentos hoje importados.

O instituto já tem garantida a produção de Bevacizumabe junto com a empresa russa Biocad. Para a produção de Adalimumabe e Infliximabe, o Tecpar concorre em parceria com o consórcio Biocad Monoclonais, formado pela representante brasileira da empresa, a Biocad Brasil, e a indústria farmacêutica Daudt, também brasileira.

Felix ressalta que a planta do Bevacizumabe, que deve produzir o medicamento a partir de 2018, tem capacidade para produzir os outros dois biológicos sem grandes ajustes na fábrica. “Os produtos que serão fabricados em Maringá são de alto valor agregado e vão gerar empregos especializados na região”, salienta.

Para se tornar o fornecedor oficial do Adalimumabe, o Tecpar concorre com outros seis laboratórios públicos. Já em relação ao Infliximabe, o Tecpar disputa com outras cinco instituições. O resultado da concorrência deve ser divulgado pelo Ministério da Saúde até o final do ano.

Caso o Tecpar vença a concorrência, os dois produtos devem ser comercializados a partir de 2018. “Essa é mais uma das ações do instituto de interiorizar a sua atuação nos demais campi da instituição, levando pesquisa e desenvolvimento para todas as regiões do estado”, pontua.

Produção de medicamentos
Além do Adalimumabe e do Infliximabe, o Tecpar atualmente concorre com outras três propostas de projeto para a produção de medicamentos e equipamentos da saúde, como a Somatropina, com a alemã Merck, o Salbutamol, com a britânica GSK, e o aparelho auditivo retroauricular e intra-aural, com a suíça Sonova.

O Tecpar já atua em três PDPs. Além do Bevacizumabe, o instituto desenvolve ainda a cola de fibrina, primeiro selante de fibrina obtido por rota biotecnológica, com produção 100% nacional e em desenvolvimento no campus CIC. O instituto participa também da Rede Cegonha, para a montagem de kits de medicamentos que tratam a mortalidade materna e neonatal.


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