Também há preocupação de novos
casos de febre amarela aparecerem nos próximos meses
O verão do Rio de Janeiro pode
ficar marcado por uma epidemia de chikungunya. Quem faz o alerta é a Fundação
Oswaldo Cruz (Fiocruz) e demais órgãos municipais e estaduais de saúde. Entre
janeiro e outubro de 2018, foram registrados 37 mil casos da doença no estado,
enquanto no mesmo período de 2017, foram notificadas apenas 4.425 ocorrências.
Para o coordenador de
Vigilância e Saúde da Fiocruz, Rivaldo Venâncio, o aumento de casos de
chikungunya representa um desafio. “Estamos falando de uma doença relativamente
nova no Brasil. Boa parte dos profissionais da Saúde, formados há mais de cinco
anos, certamente não teve contato com informações relativas à chikungunya.
Então, temos um desafio adicional que é capacitar esses profissionais que farão
o atendimento”, acredita.
Venâncio explica que há uma
preocupação com o aumento de casos de febre amarela durante o verão, já que a
população do estado do Rio ainda não está devidamente vacinada. Em 2018, 268
casos foram registrados. “Estamos muito preocupados com a possibilidade de
enfrentarmos, neste verão, os mesmos fatos que ocorreram com a febre amarela no
mesmo período de 2017 para 2018. Por isso, a Fiocruz, que é a fabricante da
vacina contra a febre amarela, apela para que a população não vacinada procure
as unidades de saúde para se vacinar”, diz.
A chikungunya é uma doença
viral, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, também vetor da
dengue, zika e febre amarela. No Rio de Janeiro, o período de maior risco de
transmissão é entre janeiro e maio.
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