Cerca de 100 mil pessoas de 133 municípios serão entrevistadas e testadas. O Ministério da Saúde, que apoia a pesquisa, enviou 150 mil testes rápidos para viabilizar a ação
O Ministério da Saúde está
financiando o estudo ‘Evolução da Prevalência de Infecção por COVID-19’,
coordenado pelo Centro de Pesquisas Epidemiológicas da Universidade Federal de
Pelotas que vai analisar a evolução de casos da COVID-19 na população
brasileira. Ao todo, 99.750 pessoas de 133 municípios de todas as regiões do
país serão submetidas ao teste rápido (sorologia), que detecta se a pessoa já
teve a doença. Foram enviados 150 mil testes rápidos para viabilizar a ação.
Para saber mais sobre a pesquisa acesse aqui
A ideia é identificar de que
forma o vírus está se propagando em todo o Brasil e criar políticas públicas
mais eficientes sobre o comportamento do coronavírus no território brasileiro.
Essas “cidades sentinelas” foram escolhidas por serem municípios sede de cada
sub-região intermediária do país, de acordo com critérios do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A pesquisa será feita em três
fases, com entrevistas que ocorrerão a cada duas semanas por meio de visitas
domiciliares, conduzidas por equipes do Instituto Brasileiro de Opinião Pública
e Estatística (IBOPE). A primeira fase teve início no dia 14 de maio e se
estenderá até o dia 17 de maio, com previsão de realização de entrevistas e
testes rápidos em 33.250 participantes (250 em cada uma das 133 cidades).
As Secretarias Estaduais de
Saúde receberam ofício do Ministério da Saúde sobre a realização da pesquisa. A
notificação também foi enviada aos Conselho Nacional de Secretários de Saúde
(Conass) e ao Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúdes (Conasems).
As próximas etapas da pesquisa estão previstas para ocorrer nos dias 28 e 29 de
maio, e 11 e 12 de junho.
Durante a pesquisa, as pessoas
são entrevistadas e testadas em casa, por meio de sorteio aleatório. Se o
resultado do teste der positivo, os profissionais entregam informativo com
orientações e repassam o contato do participante para a Secretaria de
Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, que ficará responsável por informar
as secretarias de saúde locais para acompanhamento e suporte dos casos pelos
serviços saúde.
Os dados coletados servirão de
base para estimar o percentual de brasileiros infectados, avaliar os sintomas
mais comumente relatados, estimar recursos hospitalares necessários ao
enfrentamento da pandemia e permitir o desenho de estratégias para abrandar as
medidas de isolamento social.
PROJETO PILOTO NO RIO GRANDE
DO SUL
O
projeto-piloto teve início no dia 6 de abril, no estado do Rio Grande do Sul.
Os pesquisadores dividiram o território gaúcho em oito regiões intermediárias
definidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): Porto
Alegre e região metropolitana, Pelotas, Santa Maria, Uruguaiana, Ijuí, Passo
Fundo, Caxias e Santa Cruz do Sul/Lajeado.
Um total de 18 mil pessoas já
começaram a ser entrevistadas e farão o teste rápido para o coronavírus. Em
cada município, a pesquisa sorteará aleatoriamente 25 setores para coleta de
dados. Em seguida, sorteará dez residências em cada setor e um morador de
cada casa, totalizando 250 pessoas por município.
Enquanto aguardam pelo resultado, os entrevistados também responderão a um questionário sociodemográfico e indicarão se estão sentindo sintomas característicos da COVID-19. Além disso, todos os participantes receberão orientações sobre assistência médica e isolamento social.
Por Vanessa Aquino e Nicole
Beraldo, da Agência Saúde
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