Os equipamentos foram
entregues nesta segunda-feira (18), na capital paulista, para o enfrentamento à
COVID-19
A rede pública de saúde de São
Paulo ganhou o reforço de 20 respiradores pulmonares. O equipamento é indicado
como suporte ventilatório em pacientes graves, infectados por COVID-19, que
apresentem dificuldades respiratórias. Os equipamentos desembarcaram nesta
segunda-feira (18) na capital e serão distribuídos à Prefeitura. A Secretaria
Estadual de Saúde é responsável por definir quais serão as unidades de saúde e
os municípios que receberão os respiradores pulmonares, conforme planejamento
local.
A compra e distribuição dos
respiradores é parte do apoio estratégico do Governo do Brasil no atendimento
aos estados. No total, o Ministério da Saúde já entregou 861 respiradores para
14 estados. As entregas levam em conta a capacidade instalada da rede de assistência
em saúde pública, principalmente nos locais onde a transmissão está se dando em
maior velocidade.
A aquisição destes
equipamentos é de responsabilidade dos estados e municípios. Mas, diante do
cenário de emergência em saúde pública por conta da pandemia do coronavírus, o
Ministério da Saúde utilizou o seu poder de compra para fazer as aquisições em
apoio irrestrito aos gestores locais do Sistema Único de Saúde (SUS).
“Prosseguimos com o processo de aquisição, alinhados com a Anvisa e com a
indústria nacional. Também estamos verificando produtos externos para que
possamos importar e reforçar a estrutura já existente a cargo dos estados e
municípios”, destacou o secretário-executivo adjunto, Élcio Ramos.
O Ministério da Saúde assinou
quatro contratos com empresas brasileiras para a produção de 15.300
respiradores, sendo: 6.500 com a Magnamed, no valor de R$ 322,5 milhões; 4.300
com a Intermed, no valor de R$ 258 milhões, 3.300 com a KTK, no valor de R$ 78
milhões e 1.202 com a empresa Leistung, no valor de R$ 72 milhões para
fornecimento de equipamentos no período de três meses (90 dias). O esforço
brasileiro na aquisição destes itens envolve mais de 15 instituições entre
fabricantes processadores, instituições financeiras e empresas de alta
tecnologia, entre outras. A distribuição dos equipamentos tem ocorrido conforme
a capacidade de produção da indústria nacional, que depende de algumas peças
que são importadas.
AÇÃO INTERMINISTERIAL
Uma parceria entre o
Ministério da Saúde e o Ministério da Economia realizou um mapeamento do parque
industrial nacional, quando foram identificadas as capacidades de cada setor
para o fornecimento de respiradores pulmonares. Nesse mapeamento, encontrou-se
empresas que tinham escala pequena de produção, mas que tinham expertise e
outras que poderiam contribuir para expandir as entregas em um menor espaço de
tempo possível.
O projeto ainda envolve o
Ministério das Relações Exteriores, para priorização de recebimento de peças, o
Ministério da Justiça para escoltas e segurança da distribuição de equipamentos
e insumos, e o Ministério da Defesa que fornece armazéns nas capitais para
estoque de materiais e a logística de distribuição para o país, por meio da
Força Aérea Brasileira (FAB), quando necessário.
No início da pandemia, o Brasil
contava com 65.411 respiradores pulmonares, sendo que 46.663 estavam
disponíveis no SUS. Além da aquisição de respiradores, o Ministério da Saúde
habilitou 3.695 leitos de UTI para atendimento exclusivo a pacientes com
COVID-19 e adquiriu 340 leitos de UTI volantes, que são de instalação rápida,
para fortalecer a rede hospitalar. Cada um destes leitos conta com um
respirador.
REFORÇO PARA SÃO PAULO
O Ministério da Saúde já
comprou e enviou ao estado de São Paulo 15,6 milhões de Equipamentos de
Proteção Individual (EPIs), sendo 113,6 mil unidades de álcool; 438,1 mil
aventais; 5,7 milhões de pares de luvas; 510,2 mil máscaras N95; 5,9 milhões de
máscaras cirúrgicas; 41,7 mil óculos de proteção; 37,7 mil pares de sapatilhas;
2,9 milhões de toucas hospitalares; e 25 mil protetores faciais. Até o momento,
20 respiradores pulmonares e 1,3 milhão de testes para o diagnóstico da
COVID-19, sendo 1,2 milhão de testes rápidos (sorológico) e 264,3 mil RT-PCR
(biologia molecular).
Também já foram habilitados
pelo Ministério da Saúde 978 leitos de UTI no estado, sendo 4 de UTI
pediátrica. O pedido de habilitação para o custeio dos leitos COVID-19 é feito
pelas secretarias estaduais ou municipais de saúde, que garantem a estrutura
necessária para o funcionamento dos leitos. O Ministério da Saúde, por sua vez,
garante o repasse de recursos destinados à manutenção dos serviços.
Por Silvia Pacheco, daAgência Saúde
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à imprensa
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