Os equipamentos foram
entregues neste fim de semana. Ao todo, o Governo do Brasil já entregou ao
estado 170 respiradores pulmonares para auxiliar no enfrentamento da pandemia
A rede pública de saúde de São
Paulo ganhou o reforço de mais 150 respiradores pulmonares. O equipamento é
indicado como suporte ventilatório em pacientes graves, infectados por
COVID-19, que apresentem dificuldades respiratórias. Os equipamentos
desembarcaram neste final de semana na capital e serão distribuídos pela
Secretaria Estadual de Saúde para os municípios e as unidades de saúde,
conforme planejamento local.
A compra e distribuição dos
respiradores é parte do apoio estratégico do Governo do Brasil no atendimento
aos estados. Ao todo, o estado de São Paulo recebeu 170 respiradores comprados
e enviados pelo Ministério da Saúde. As entregas levam em conta a capacidade
instalada da rede de assistência em saúde pública, principalmente nos locais
onde a transmissão está se dando em maior velocidade. No total, o Ministério da
Saúde já entregou 1.437 respiradores pulmonares para 17 estados.
A aquisição destes
equipamentos é de responsabilidade dos estados e municípios. Mas, diante do
cenário de emergência em saúde pública, por conta da pandemia do coronavírus, o
Ministério da Saúde utilizou o seu poder de compra para fazer as aquisições, em
apoio irrestrito aos gestores locais do Sistema Único de Saúde (SUS). “Vivemos
uma crise mundial de materiais hospitalares, particularmente de respiradores.
Temos, de maneira ágil, buscado soluções para a aquisição desses materiais e
equipamentos, para reforçar a estrutura de assistência hospitalar dos estados”,
destacou o secretário-executivo substituto, Élcio Ramos.
O Ministério da Saúde assinou
quatro contratos com empresas brasileiras para a produção de 15.300
respiradores, sendo: 6.500 com a Magnamed, no valor de R$ 322,5 milhões; 4.300
com a Intermed, no valor de R$ 258 milhões; 3.300 com a KTK, no valor de R$ 78
milhões; e 1.202 com a empresa Leistung, no valor de R$ 72 milhões, para
fornecimento de equipamentos no período de três meses (90 dias). O esforço
brasileiro na aquisição destes itens envolve mais de 15 instituições entre
fabricantes processadores, instituições financeiras e empresas de alta
tecnologia, entre outras. A distribuição dos equipamentos tem ocorrido conforme
a capacidade de produção da indústria nacional, que depende de algumas peças
que são importadas.
AÇÃO INTERMINISTERIAL
Uma parceria entre o
Ministério da Saúde e os ministérios da Economia e Ciência e Tecnologia, além
da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), realizou um
mapeamento do parque industrial nacional, quando foram identificadas as
capacidades de cada setor para o fornecimento de respiradores pulmonares. Nesse
mapeamento, encontrou-se empresas que tinham escala pequena de produção, mas
que tinham expertise e outras que poderiam contribuir para expandir as entregas
em um menor espaço de tempo possível.
O projeto ainda envolve o
Ministério das Relações Exteriores, para priorização de recebimento de peças, o
Ministério da Justiça, para escoltas e segurança da distribuição de
equipamentos e insumos, e o Ministério da Defesa, que fornece armazéns nas
capitais para estoque de materiais e a logística de distribuição para o país,
por meio da Força Aérea Brasileira (FAB), quando necessário.
No início da pandemia, o
Brasil contava com 65.411 respiradores pulmonares, sendo que 46.663 estavam
disponíveis no SUS. Além da aquisição de respiradores, o Ministério da Saúde já
habilitou 6.344 leitos de UTI em todo o Brasil, sendo 231 de UTI pediátrica,
para atendimento exclusivo a pacientes com coronavírus e adquiriu 340 leitos de
UTI volantes, que são de instalação rápida, para fortalecer a rede hospitalar
em saúde. Cada um destes leitos conta com um respirador.
REFORÇO PARA SÃO PAULO
O Ministério da Saúde já
comprou e enviou ao estado de São Paulo 17,7 milhões de Equipamentos de
Proteção Individual (EPIs), sendo 117 mil litros de álcool em gel; 629,3 mil
aventais; 5,6 milhões de pares de luvas; 660,5 mil máscaras N95; 7,3 milhões de
máscaras cirúrgicas; 117 mil óculos e protetor facial; e 3,1 milhões de
sapatilhas e toucas hospitalares.
Além dos 170 respiradores
pulmonares, até o momento foram entregues 1,9 milhão de testes para o
diagnóstico da COVID-19, sendo 1,6 milhão de testes rápidos (sorológico) e
264,9 mil RT-PCR (biologia molecular).
Também já foram habilitados
pelo Ministério da Saúde 1.638 leitos de UTI no estado. O pedido de habilitação
para o custeio dos leitos COVID-19 é feito pelas secretarias estaduais ou
municipais de saúde, que garantem a estrutura necessária para o funcionamento
dos leitos. O Ministério da Saúde, por sua vez, garante o repasse de recursos
destinados à manutenção dos serviços.
Por Silvia Pacheco, da
Agência Saúde
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