Neste 5 de maio, Dia Nacional
do Uso Racional de Medicamentos, a Anvisa alerta sobre os riscos à saúde do uso
indiscriminado de medicamentos e da automedicação.
Por: Ascom/Anvisa
Hoje, 5 de maio, é o Dia
Nacional do Uso Racional de Medicamentos. A data foi criada para alertar a
população sobre os riscos à saúde causados pelo uso indiscriminado de
medicamentos e pela automedicação. A fim de promover a reflexão sobre o
assunto, foram reunidas aqui algumas informações importantes.
Leia, puxe conversa em casa com seus familiares e ajude a
divulgar essas ideias para proteger e promover a saúde de
todos.
A medicação é essencial
quando utilizada adequadamente para o tratamento de doenças. Mas quando os
medicamentos são usados de maneira incorreta ou consumidos sem critérios
médicos podem prejudicar sua saúde, causando desde uma intoxicação a problemas
mais graves que podem, inclusive, levar à morte.
A tão falada automedicação, ou
seja, o uso de medicamentos por conta própria ou por indicação de pessoas não
habilitadas, sem a avaliação prévia de um médico ou dentista, conforme o
caso, deve ser evitada. Não tome medicamentos a partir
de recomendações de vizinhos, amigos e parentes. O que foi
eficaz para eles pode ser nocivo a você e o quadro de saúde pode ser bastante
diferente, apesar de alguma semelhança com relação aos sintomas
percebidos.
Nem todo remédio é
medicamento
Todo medicamento é um remédio,
mas o contrário não é verdade. Ou seja, nem todo remédio é um medicamento.
Existem vários tratamentos, produtos e cuidados que ajudam a combater doenças
ou aliviar dores e que não são medicamentos. Quer exemplos? Acupuntura,
fisioterapia, caminhadas. Para ser considerado medicamento no Brasil, o
respectivo produto precisa, necessariamente, ter registro na Anvisa.
Alimentos, mesmo aqueles
comercializados em formas tipicamente farmacêuticas, como cápsulas e
comprimidos, também não são medicamentos. Manter uma
alimentação equilibrada é indispensável para uma boa saúde, mas um
alimento não pode ser anunciado como responsável pela cura de doenças.
Medicamentos tampouco são bens
de consumo comuns, como roupas, sapatos, revistas e artigos de decoração.
Medicamentos são bens de saúde! Eles devem ser compreendidos como instrumentos
de promoção, recuperação e manutenção do bem-estar. Tanto é que não
podem ser anunciados como produtos de livre mercado. As
propagandas de medicamentos têm regras e informações obrigatórias,
inclusive os medicamentos sem tarja.
Quando prescrito por um
profissional da saúde, um procedimento importante no consumo do medicamento é
verificar o estado da embalagem. Não compre produto que tenha o lacre de
segurança violado. Tanto a caixa do medicamento quanto sua embalagem interna devem
estar lacradas.
Por que registrar os
medicamentos?
A Anvisa é responsável pelo
registro de medicamentos em todo o território nacional. Qualquer produto para o
qual sejam feitas alegações terapêuticas, independentemente de sua natureza (se
animal, vegetal, mineral ou sintética), deve ser considerado medicamento e
requer registro na Anvisa para ser fabricado e comercializado. Para que um
medicamento seja registrado e comercializado, a Agência faz uma análise
criteriosa da documentação administrativa e técnico-científica relacionada à
qualidade, à segurança e à eficácia do produto. Em resumo: o registro é
importante para que todos os medicamentos tenham qualidade, segurança e
eficácia garantidas, de modo a contribuir para o uso terapeuticamente correto.
Vigilância pós-mercado
Após a obtenção do registro
pela empresa e quando o medicamento já está sendo
comercializado no mercado, cabe à farmacovigilância identificar, avaliar e
monitorar a ocorrência dos possíveis eventos adversos relacionados ao uso do
medicamento. O objetivo desse monitoramento é garantir que os benefícios do
produto sejam maiores do que os riscos por ele causados. Também são
questões importantes para a farmacovigilância eventos adversos gerados por
desvios de qualidade de medicamentos, inefetividade terapêutica, erros de
medicação, uso de medicamentos para indicações não aprovadas no registro, uso
abusivo, intoxicações e interações medicamentosas.
Para aumentar a segurança do
uso de medicamentos e estimular a notificação de erros de medicação, a Anvisa
implantou, em 2019, um sistema novo de notificações nacional de eventos
adversos provocados por medicamentos e de relatos de casos de erros de
medicação em serviços de saúde, o VigiMed. O
sistema, de acesso rápido e fácil, não necessita de cadastro por cidadãos e
profissionais liberais que não estejam vinculados a nenhuma instituição. A
notificação tem importância fundamental na medida em que os relatos podem levar
a ações preventivas por parte da Agência.
Para se ter uma ideia da
relevância da notificação, em 2018, após a notificação de erro de medicação e
identificação de risco de óbito relacionado ao possível uso incorreto
de anfotericina B, em sua forma injetável, foi divulgado um alerta
aos serviços de saúde sobre a prescrição, a dispensação
e o uso do produto, permitindo prevenir a ocorrência de novos
casos.
Fique ligado
Nessa época de pandemia, há
muitas notícias falsas, as chamadas fake news, circulando por aí
sobre o uso de medicamentos para prevenir a Covid-19. Não seja uma
vítima dessas informações falsas. Não saia por aí ingerindo medicamentos
sem expressa recomendação médica, que podem deixar sua saúde
vulnerável. E mesmo depois que a pandemia passar e a Covid-19 fizer
parte de um passado distante, tenha sempre em mente que o melhor mesmo é
não precisar tomar medicamentos. Para isso, cultive bons hábitos de vida,
beba muita água, exercite-se e mantenha uma dieta balanceada.
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