A Organização Pan-Americana da
Saúde (OPAS) e a Associação Brasileira de Medicina de Emergências (ABRAMEDE)
firmaram nesta quinta-feira (12) um acordo de cooperação para a melhoria do
Sistema Nacional de Transplantes (SNT) brasileiro. O projeto, de iniciativa do
Ministério da Saúde, compreende a criação de um cadastro nacional de médicos
emergencistas e a qualificação desses profissionais nas redes de urgência e emergência
do país.
A colaboração entre as duas
instituições, que ocorrerá pelo período de um ano, se dará em dois momentos. No
primeiro deles, os esforços se concentrarão em criar uma base de dados
atualizada e detalhada dos médicos que compõem a força de trabalho nas
emergências brasileiras. A coleta de informação acontecerá nos Serviços de
Atendimento Móvel de Urgência (SAMUs), nas Unidades de Pronto Atendimento
(UPAs) e nos serviços hospitalares de emergência.
Com esses dados em mãos, será
possível mensurar o capital humano existente no país para, em seguida,
qualificá-lo, já que emergencistas são os primeiros profissionais a ter contato
com o potencial doador e podem garantir seu manejo adequado.
Por isso, em um segundo
momento, será realizada a capacitação desses médicos(as) em relação aos
principais agravos de emergência e medicina de emergência, bem como o conjunto
de competências necessárias ao processo de doação de órgãos – como o
diagnóstico de morte encefálica, a manutenção do doador e a notificação ao
sistema brasileiro de transplantes, considerado o maior do mundo.
Segundo Socorro Gross,
representante da OPAS no Brasil, o projeto inova ao unir estrategicamente os
temas emergências e transplante de órgãos. “É exatamente nas emergências que
está a maioria dos doadores”, pontuou Gross. Frederico Arnaud, presidente da
ABRAMEDE, celebrou a parceria entre as duas instituições e afirmou que ela será
essencial para auxiliar a tomada de decisão na cadeia de transplantes do
país. O secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Francisco de
Assis Figueiredo, também esteve presente na cerimônia de assinatura.
Fonte:OPAS/OMS Brasil
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