Resultado é o melhor dos
últimos cinco anos, embora oito estados e o DF ainda não tenham conseguido
alcançar a meta de no mínimo 95%, que recomenda o Ministério da Saúde
O esforço do Governo Federal
em 2020 para proteger a população brasileira contra o sarampo trouxe bons
resultados. O Brasil ultrapassou a meta de cobertura vacinal da tríplice viral
(sarampo, rubéola e caxumba) recomendada pelo Ministério da Saúde. No total,
99,4% das crianças de até um ano de idade estão vacinadas no país. O resultado
é o melhor dos últimos cinco anos, embora oito estados e o Distrito Federal não
tenham atingido a meta mínima, que é de 95%. O bom desempenho é fruto da
intensificação de ações de vacinação em todo o país por meio das Campanhas
Nacionais de Vacinação contra o sarampo.
Mesmo com o bom desempenho do
país, o diretor do Departamento de Imunizações e Doenças Transmissíveis do
Ministério da Saúde, Julio Croda, ressalta a preocupação com municípios que
ainda não cumpriram a meta. “Ainda temos cerca de 1,9 mil municípios que, mesmo
com a intensificação das ações de vacinação por meio de campanhas, não
conseguiram atingir a meta. Isso é preocupante para 2020 porque ainda existe
surto da doença no país”, informou o diretor.
Somente neste ano, o
Ministério da Saúde realizou duas etapas de vacinação contra o sarampo em
municípios brasileiros que fazem fronteira com outros países. No meio do ano,
também realizou campanha de vacinação concentrada no estado de São Paulo devido
aos casos da doença que começaram a surgir após o registro de surto em um navio
que atracou no porto de Santos (SP). Além disso, outras duas campanhas foram
realizadas em todo om país. A campanha, que terminou no dia 30 de novembro,
ocorreu em duas etapas: a primeira, destinada a crianças de 6 meses a menores
de 5 anos (7/10 a 25/10); e a segunda focada na população de 20 a 29 anos.
Os estados que atingiram a
meta de vacinação contra o sarampo em 2019 são: Mato Grosso do Sul (115,92%),
Alagoas (115,7%), Rondônia (114,4%), Paraíba (110,2%), Pernambuco (109%), Ceará
(108,2%), Minas Gerai (106,7%), Espírito Santos (105,7%), Santa Catarina
(105,4%), Paraná (102,8%), Tocantins (102,5%), Rio de Janeiro (101,7%), Sergipe
(99%), Rio Grande do Sul (101,1%), Goiás (103,4%), Mato Grosso (97,2%),
Amazonas (96,4%) e Rio Grande do Norte (96,2%).
Entre os estados que não
atingiram a meta mínima de 95% de cobertura vacinal, preconizada pelo
Ministério da Saúde foram: Pará (85,4%), Roraima (87,9%), Bahia (88,9%),
Maranhão (90%), Acre (91,4%), Piauí (91,9%), Distrito Federal (93,7%), São
Paulo (93,9%) e Amapá (94,9%).
O Ministério da Saúde alerta
que a baixa cobertura vacinal é responsável pela disseminação do sarampo em
território nacional. Mesmo frente à situação atual de surtos pelo Brasil, as
baixas coberturas vacinais ainda persistem em alguns municípios. De acordo com
o último boletim epidemiológico de sarampo, atualmente, a doença circula em 17
estados brasileiros, com um total de 3.565 casos confirmados nos últimos 90
dias (1º de setembro a 23 de novembro). Destes, 2.702 casos estão concentrados
em 147 municípios do estado de São Paulo. Também foram confirmados 15 óbitos:
seis em menores de 1 ano de idade, dois em crianças de 1 ano de idade e sete em
adultos maiores de 20 anos.
MAIS RECURSOS
O Ministério da Saúde já
disponibilizou R$ 103 milhões (metade do bônus de R$ 206 milhões) criado para
incentivar os municípios brasileiros a vacinar em massa crianças entre seis
meses e cinco anos de idade. O dinheiro foi repassado no dia 18 de outubro para
os fundos municipais de saúde, de acordo com o tamanho da população de cada
cidade.
O plano feito pelo Ministério
da Saúde é premiar os municípios que cumpram metas em relação à vacinação. A
outra metade do bônus, outros R$ 103 milhões, portanto, só será liberada para
aqueles que alcançarem 95% de cobertura vacinal da primeira dose da tríplice
viral em crianças de 12 meses de idade e também informar ao Ministério e a
Secretaria Estadual de Saúde do estoque das vacinas de poliomielite, tríplice e
pentavalente guardadas nas unidades de saúde.
Por Amanda Mendes e
Vanessa Aquino, da Agência Saúde
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