País procura novas soluções
contra a doença com investimento em pesquisa e inovação e defende metas de
curto prazo para que eleitores possam cobrar ações efetivas para eliminação da
doença
Foto: Renato Strauss /
ASCOM MS
O Brasil está convocando
pesquisadores de todo o mundo para encontrar novas soluções contra a
tuberculose. O compromisso do país, reforçado pelo ministro da Saúde, Luiz
Henrique Mandetta, é investir R$ 16 milhões em três anos em pesquisa e
desenvolvimento contra a doença. Ele cumpre agenda em Jacarta (Indonésia), onde
assumiu a liderança da principal entidade internacional para o combate à
tuberculose, a Stop TB Patnership.
Itens relacionados
- Desafio
mundial: buscar tecnologias contra tuberculose
- Brasil
agora é líder mundial no combate à tuberculose
- Tuberculose:
os desafios do tratamento contínuo
“Não há nada mais trágico do
que um vasto potencial de diagnóstico e de medicamentos ainda estar em
depósitos e prateleiras, ao invés de à disposição da população para salvar vidas”,
afirmou em seu discurso na reunião de conselho da Stop TB Patnership. Mandetta
explicou que os países do BRICS (bloco que reúne Brasil, Índia, Rússia, China e
África do Sul) lançou durante a presidência brasileira a rede de pesquisa sobre
tuberculose. “Vamos continuar a falar em voz alta que precisamos aumentar em
escala nossos investimentos em novos diagnósticos, medicamentos e vacinas,
garantindo que sejam acessíveis para todos”, concluiu o ministro.
No mundo, a tuberculose está
entre as 10 principais causas de morte, com cerca de 10 milhões de novos casos
anualmente. No Brasil, somente em 2018, foram diagnosticados 76,2 mil casos
novos da doença, com cerca de 4,5 mil vítimas fatais. A vacina disponível
atualmente protege basicamente crianças até o seis anos. Os medicamentos
oferecidos podem produzir reações adversas e o tratamento dura de seis a 18
meses, dependendo da resistência da bacteria.
Um ponto importante ressaltado
pelo ministro da Saúde é a busca de uma agenda global contra a tuberculose de
curto prazo. Atualmente, os países estão comprometidos em eliminar a doença até
2030. A medida é fundamental para estabelecer cobrança aos políticos e seus
momentos de eleições. “Políticos são mais facilmente envolvidos com prioridades
de curto prazo, pois é o momento que os eleitores estão focados”, avaliou.
Para esse cenário, a agenda
prioritária são as metas para 2022, que foram atualizadas no Plano Global
2018-2022, durante o encontro. O relatório aponta a necessidade global de
tratar 40 milhões de pessoas e outras 1,5 milhão com bactérias resistentes ao
tratamento, oferecer cuidado preventivo (para aqueles que têm a bactéria, mas,
não a infecção) a 30 milhões de pessoas, aumentar o investimento (prevenção,
diagnóstico, tratamento e cuidado) para U$ 13 bilhões anuais e da pesquisa e
desenvolvimento de terapias contra as formas resistentes para U$ 2 bilhões
anuais.
0 comentários:
Postar um comentário