O objetivo é aumentar a
cobertura vacinal dos adolescentes contra o HPV e Meningite C. Campanha
publicitária, focada no universo dos games, será lançada para reforçar a adesão
O Ministérios da Saúde e da
Educação anunciaram, nesta quarta-feira (15), parceria para ampliar a vacinação
em crianças e adolescentes. As escolas vão atuar junto com as equipes de
atenção básica para a atualização da caderneta dos estudantes. Para isso, será
renovada portaria do Programa Saúde na Escola que prevê ações voltadas à
prevenção e promoção da saúde nas salas de aula. O reforço dessa iniciativa
será fundamental para a adesão de adolescentes na campanha de vacinação contra
HPV e Meningite C que será divulgada a partir do próximo domingo.
Uma das propostas é que os
estudantes apresentem, já na matrícula, a caderneta de vacinação e as escolas
comuniquem o sistema de saúde sobre as doses prioritárias para os seus alunos.
“Estamos aqui somando esforços para ampliar a cobertura vacinal. O importante é
que o sistema de saúde saberá, informado pela escola, quais as vacinas que
faltam naquele conjunto de crianças matriculadas e poderá, em um determinado
dia combinado com a escola, regularizar a caderneta vacinal desses alunos”,
destacou o ministro da Saúde, Ricardo Barros, ao anunciar a medida nesta,
quarta-feira (15), em coletiva de imprensa realizada em conjunto com o
Ministério da Educação.
O ministro lembrou que os
adolescentes não têm o costume de procurar o sistema de saúde, portanto a
parceria nas escolas pretende alavancar a cobertura vacinal de vacinas, como o
HPV, assim como acontece em outros países com essa mesma experiência.
Atualmente, quase metade dos municípios brasileiros estão com baixa cobertura
vacinal contra o HPV. São 5,5 milhões de meninas de 9 a 14 anos com o esquema
vacinal incompleto no país.
O secretário de Educação
Básica do Ministério da Educação, Rossieli Soares da Silva, que também anunciou
a iniciativa junto com o ministro Ricardo Barros, ressaltou que o mais
importante é garantir que todos os estudantes sejam vacinados. “Todos os
indicadores demonstram que, se nós conseguirmos mobilizar a rede educacional,
as taxas da cobertura vacinal das crianças são ampliadas. A campanha
também vai continuar sendo realizada nos postos de saúde, mas com a
participação das escolas, teremos um êxito importante”, ressaltou o secretário
do Ministério da Educação.
Desde a incorporação da vacina
HPV no Calendário Nacional de Vacinação, 5,8 milhões de meninas procuraram o
Sistema Único de Saúde (SUS) para completar o esquema vacinal do HPV com a
segunda dose, totalizando 55% das brasileiras nesta faixa etária. No Brasil,
são estimados 16 mil casos de câncer de colo do útero por ano e 5 mil óbitos de
mulheres devido à doença.
VACINAÇÃO NAS ESCOLAS –
O Ministério da Saúde considera de fundamental importância participação das
escolas para reforçar a adesão dos jovens à vacinação e, consequentemente
atingir o objetivo de redução futura do câncer de colo de útero, terceiro tipo
de câncer mais comum em mulheres e a quarta causa de óbito por câncer no país.
O Ministério da Saúde
fornecerá às escolas material informativo sobre as doenças. A ideia é estimular
os professores a conversem com os alunos e familiares sobre o tema. Serão
enviadas cartas para professores, alunos e familiares reforçando sobre a
importância da vacinação e sobre as consequências do HPV e da Meningite C como
problemas de saúde pública.
Neste ano, o Ministério da
Saúde incluiu os meninos de 12 a 13 anos na rotina da vacinação contra o HPV. A
faixa-etária será ampliada, gradativamente, até 2020, quando serão incluídos os
meninos de 9 anos até 13 anos. A expectativa é imunizar mais de 3,6 milhões de
meninos em 2017, além de 99,5 mil crianças e jovens de 9 a 26 anos vivendo com
HIV/aids, que também passarão a receber as doses.
O Brasil é o primeiro país da
América do Sul e o sétimo do mundo a oferecer a vacina HPV para meninos em
programas nacionais de imunizações. O objetivo é prevenir os cânceres de pênis,
ânus, garganta e verrugas genitais, além de reduzir a incidência do câncer de
colo de útero e vulva nas mulheres, já que os homens são responsáveis pela
transmissão do vírus para suas parceiras.
MENINGITE C -
Os adolescentes de 12 a 13 anos, de ambos os sexos, também deverão se imunizar
contra a Meningite C. O objetivo é reforçar a eficácia da vacina meningocócica
C, uma vez que, com o passar dos anos, pode haver diminuição da proteção após a
imunização, que acontece na infância. A vacinação será ampliada gradativamente,
entre 2017 e 2020. Em 2018, serão incluídos adolescentes de 11 a 12 anos e, a
cada ano, será acrescida nova faixa etária em ordem decrescente.
A meta é vacinar 80% do
público-alvo, formado por 7,2 milhões de adolescentes, em 2017. Além de
proporcionar proteção aos adolescentes, a ampliação alcançará o efeito protetor
da imunidade rebanho; ou seja, a proteção indireta das pessoas não vacinadas em
decorrência da diminuição da circulação do vírus. O esquema vacinal para esse
público será de um reforço ou uma dose única, conforme a situação vacinal.
A ampliação da faixa etária da
vacina contra a Meningite C e a inclusão dos meninos na imunização contra o HPV
só foi possível devido à economia de R$ 66,5 milhões, obtida pelo Ministério da
Saúde, a partir da negociação e redução de preço de até 11% no valor da dose de
três vacinas: Hepatite A, HPV E dTpa. A eficiência de gestão garantiu a
ampliação da cobertura vacinal de outras quatro vacinas: tríplice viral, tetra
viral, dTpa adulto e Hepatite A.
CAMPANHA PUBLICITÁRIA
– “Geração Z ligada na saúde” é o grito de alerta da campanha
de vacinação contra a Meningite C e HPV 2017. A ideia é passar a mensagem de
que, assim como no mundo dos bits, a vida real também é cheia de
novas fases e desafios, sendo a vacinação a principal. A campanha terá duas
grandes fases, já que a vacina deve ser tomada em duas doses, sendo a segunda,
seis meses após a primeira aplicação.
Entre os atrativos da campanha
para os adolescentes está Game Detona Vírus para celular, que ensina jovens a
se tornarem combatentes da saúde destruindo vírus com vacinas a cada nova fase.
Haverá também Web Série com o influenciador digital Fê Batista, onde
informações sobre vacinação serão transmitidas na plataforma MineCraft e
jogadores no Youtube com o influenciador, Zangado.
Assista ao vídeo: https://youtu.be/0_io6bC_GME
A Coordenadora Nacional do Programa de Imunizações , Carla Domingues, reforça na TV Saúde a importância da vacinação entre os adolescentes
Amanda Mendes, da
Agência Saúde
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