EDIÇÃO ESPECIAL
Brasília, 22 de dezembro –
- Orçamento: O Congresso
aprovou ontem o Projeto de Lei Orçamentária Anual para 2022. O fundo eleitoral
ficou em R$4,9 bilhões, as emendas de relator em R$16,5 bilhões e o reajuste
salarial para Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal, do Departamento
Penitenciário Nacional e do Ministério da Justiça em R$1,7 bilhão.
- Novas ameaças: Segundo estimativa de Marcos
Mendes, economista do Insper, citado em análise da XP Política, despesas não
consideradas no texto orçamentário podem chegar a R$20,4 bilhões.
- Bolsonaro: Em live do Valor Econômico, o
ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, descartou aumentar o Auxílio Brasil para
R$600 e disse que o foco do governo será microcrédito. Nogueira também afirmou
que "a determinação do presidente é focar em duas vertentes: reduzir a
inflação e aumentar a oferta de emprego”.
- Moro: Avançaram nos últimos dias os acordos
para a União Brasil, resultado da fusão entre PSL e DEM, indicar o vice na
chapa do pré-candidato do Podemos, Sergio Moro, o que daria ao ex-juiz da Lava
Jato cerca de 12 palanques estaduais, segundo reportagem da Jovem Pan.
- Vice: Um dos mais cotados para vice de Moro é
o deputado Luciano Bivar, presidente do PSL e futuro comandante do União,
conforme o deputado Julio Bozzella. Mas o novo partido centrista pode rachar
antes mesmo de sair do papel.
- Impasses: A aliança entre União Brasil e Moro
enfrenta resistência entre parlamentares e pré-candidatos do DEM, diz a
colunista Malu Gaspar, no O Globo. Eles preferem que os diretórios estaduais
escolham, com base nas costuras locais e desempenho nas pesquisas, se vão com
Moro, com o presidente Jair Bolsonaro ou com o ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva, de acordo com Gaspar.
- Economia: Bivar pediu que o economista Marcos
Cintra — ex-secretário da Receita Federal do governo Bolsonaro, demitido em 2019
por defender um imposto sobre transações financeiras, parecido com a CPFM —
procurasse a equipe econômica que auxilia Moro na formulação do seu programa de
governo, reporta a coluna Radar, da Veja. Bivar combinou uma nova conversa com
Moro na primeira quinzena de janeiro.
- Lula: O ex-presidente apoia a ideia de o PT compor uma federação
partidária com o PSB, PCdoB, PSOL e PV, cuja discussão já está em andamento,
segundo o UOL. Na avaliação de aliados, a federação, que obriga as legendas a
atuarem como um só partido por quatro anos, permitiria ao PT construir na
Câmara uma frente com 140 a 160 deputados
- Estratégias: Entre as
vantagens vistas na federação de esquerda, já demonstrada ontem pelo PV com
indicativo de apoio a uma chapa entre Lula e o ex-governador paulista Geraldo
Alckmim, estaria fortalecer o novo governo diante do Centrão, que reúne hoje em
torno de 200 deputados. Lula pretende usar o mês de janeiro para
"submergir" e anunciar chapa com Alckmin em fevereiro.
- PSD: Ontem, o presidente do PSD, Gilberto
Kassab, reiterou à Folha de São Paulo que a legenda não indicará o vice de
Lula, mesmo com uma filiação de Alckmin. A prioridade é unir o partido para
eleger a terceira maior força do Congresso, com 50 deputados, 15 senadores,
além de mais dois governadores. Kassab reafirmou a pré-candidatura do
presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que está com baixo desempenho nas
pesquisas recentes.
Edmar
Soares
DRT 2321
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