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quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

Conexão Brasília com o jornalista Olho Vivo Edmar Soares

EDIÇÃO ESPECIAL

Brasília, 22 de dezembro –

- Orçamento: O Congresso aprovou ontem o Projeto de Lei Orçamentária Anual para 2022. O fundo eleitoral ficou em R$4,9 bilhões, as emendas de relator em R$16,5 bilhões e o reajuste salarial para Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal, do Departamento Penitenciário Nacional e do Ministério da Justiça em R$1,7 bilhão.

-  Novas ameaças: Segundo estimativa de Marcos Mendes, economista do Insper, citado em análise da XP Política, despesas não consideradas no texto orçamentário podem chegar a R$20,4 bilhões.

-  Bolsonaro: Em live do Valor Econômico, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, descartou aumentar o Auxílio Brasil para R$600 e disse que o foco do governo será microcrédito. Nogueira também afirmou que "a determinação do presidente é focar em duas vertentes: reduzir a inflação e aumentar a oferta de emprego”.

-  Moro: Avançaram nos últimos dias os acordos para a União Brasil, resultado da fusão entre PSL e DEM, indicar o vice na chapa do pré-candidato do Podemos, Sergio Moro, o que daria ao ex-juiz da Lava Jato cerca de 12 palanques estaduais, segundo reportagem da Jovem Pan.

-  Vice: Um dos mais cotados para vice de Moro é o deputado Luciano Bivar, presidente do PSL e futuro comandante do União, conforme o deputado Julio Bozzella. Mas o novo partido centrista pode rachar antes mesmo de sair do papel.

-  Impasses: A aliança entre União Brasil e Moro enfrenta resistência entre parlamentares e pré-candidatos do DEM, diz a colunista Malu Gaspar, no O Globo. Eles preferem que os diretórios estaduais escolham, com base nas costuras locais e desempenho nas pesquisas, se vão com Moro, com o presidente Jair Bolsonaro ou com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de acordo com Gaspar.

-  Economia: Bivar pediu que o economista Marcos Cintra — ex-secretário da Receita Federal do governo Bolsonaro, demitido em 2019 por defender um imposto sobre transações financeiras, parecido com a CPFM — procurasse a equipe econômica que auxilia Moro na formulação do seu programa de governo, reporta a coluna Radar, da Veja. Bivar combinou uma nova conversa com Moro na primeira quinzena de janeiro.

- Lula: O ex-presidente  apoia a ideia de o PT compor uma federação partidária com o PSB, PCdoB, PSOL e PV, cuja discussão já está em andamento, segundo o UOL. Na avaliação de aliados, a federação, que obriga as legendas a atuarem como um só partido por quatro anos, permitiria ao PT construir na Câmara uma frente com 140 a 160 deputados

- Estratégias: Entre as vantagens vistas na federação de esquerda, já demonstrada ontem pelo PV com indicativo de apoio a uma chapa entre Lula e o ex-governador paulista Geraldo Alckmim, estaria fortalecer o novo governo diante do Centrão, que reúne hoje em torno de 200 deputados. Lula pretende usar o mês de janeiro para "submergir" e anunciar chapa com Alckmin em fevereiro.

-  PSD: Ontem, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, reiterou à Folha de São Paulo que a legenda não indicará o vice de Lula, mesmo com uma filiação de Alckmin. A prioridade é unir o partido para eleger a terceira maior força do Congresso, com 50 deputados, 15 senadores, além de mais dois governadores. Kassab reafirmou a pré-candidatura do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que está com baixo desempenho nas pesquisas recentes.

Edmar Soares

DRT 2321

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