Destaques

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

Conexão Brasília com o jornalista Olho Vivo Edmar Soares

Brasília, 14 de dezembro –

- PEC dos Precatórios: A Câmara aprovou a proposta em primeiro turno ontem, com 327 votos a favor e 147 contrários. Hoje, os deputados analisam destaques e votam a matéria em segundo turno. Depois, ela segue ao Senado.

- Agenda: Nesta quarta-feira, o novo Refis e o Marco da Cabotagem seguem na pauta da Câmara.

- Eletrobras: O Tribunal de Contas da União julga hoje o plano de capitalização da estatal. Porém, há risco de pedido de vistas e, consequentemente, atraso no cronograma.

- TCU: O Senado indicou ontem o senador Antonio Anastasia para vaga de ministro do TCU. Ele obteve 52 votos, contra 19 da senadora Kátia Abreu e apenas 7 do líder do governo, Fernando Bezerra. Bezerra esperava entre 34 e 36 apoios, segundo apuração de Daniela Lima, da CNN Brasil.

- Cenários eleitorais: Consultores ligados ao Centrão acreditam que está sendo pouco considerada nas análises pré-eleitorais a elevação do piso de partida do PT na disputa presidencial, dos tradicionais 30% para 40%, apurou a âncora da CNN Brasil.

-  Moro x Bolsonaro: Os consultores também disseram a Daniela Lima que o eleitorado de Moro "está com Bolsonaro", que teria voltado à "versão raiz" para preservar base. Opinam que a entrada de Moro na corrida para 2022, "a preço de hoje", não a desequilibra.

-  Terceira via: Os consultores afirmaram que os desafios de Moro são estrutura partidária e recursos para campanha. O pré-candidato do PSDB, João Doria, "precisa remar muito", mas teria legenda com capilaridade e recursos, o que lhe daria vantagem.

MERCADO FINANCEIRO

Brasília, 15 de dezembro – A decisão de política monetária do Federal Reserve hoje, uma das mais aguardadas dos últimos tempos, deve marcar o ambiente de negócios globalmente hoje, enquanto no Brasil, e em segundo plano, dados de atividade do IBC-Br, discussão no TCU sobre Eletrobras e a liberação de exportação de carnes para a China ficam no radar.

A aceleração do ritmo de retirada de estímulos, de US$15 para US$30 bilhões por mês, e a possível sinalização de alta no juro básico americano logo no primeiro semestre do próximo ano podem azedar o apetite por risco dos mercados. A divulgação dos chamados "dot plots", que mostrarão as posições individuais dos membros do colegiado em relação a diversos pontos da política monetária, também fica no radar.

Com isso, a redução da liquidez nos mercados e a perspectiva de taxas de juros reais positivas em dólar, mesmo que distante, podem levar o mercado a buscar segurança e manter o viés de queda das bolsas dos últimos dias. Às 16h00 será publicada a decisão do Fed, e às 16h30 o presidente da autarquia, Jerome Powell, discursa.

Os índices operam mistos nos Estados Unidos, com cautela à espera do Fed. Petróleo Brent recua próximo aos US$73,00 por barril. As bolsas na Europa sobem, na contramão dos fechamentos da Ásia, após dados mistos de atividade na China à noite.

Os rendimentos dos Treasuries de dez anos se preparam para uma sessão de volatilidade, próximos à estabilidade, em 1,44%, enquanto os mais curtos avançam. Dólar opera misto em relação às moedas globais, com DXY estável.

No Brasil, dados do IBC-Br devem confirmar a desaceleração da atividade flagrada nos dados do PIB do terceiro trimestre. A Câmara aprovou ontem em primeiro turno parte ainda não promulgada da PEC dos Precatórios. Veja mais destaques no Panorama Corporativo, com destaques de Eletrobras e frigoríficos após liberação da exportação de carne para a China, e no Panorama Político, com mais noticiário de Brasília e do cenário eleitoral.

Bolsa – o fundo de índice brasileiro EWZ sobe 0,11% no pré-mercado, assim como algumas bolsas de países emergentes. Expectativa de abertura em leve alta para o Ibovespa futuro, com cautela de olho no Fed. ADRs da Petrobras, recibos de ações, perdem 2,57%, e as da Vale recuam 0,15%. Dia deve ser marcado pela volatilidade, especialmente à tarde, com o mercado local acompanhando de perto o exterior.

Câmbio – Moedas operam mistas, com algumas de países emergentes e exportadores de commodities em alta. Dólar deve abrir perto da estabilidade, com cautela à espera de Powell e de olho em eventual intervenção do Banco Central.

Juros – Juros curtos devem seguir o câmbio e ficar de olho nos Treasuries. Os juros longos podem abrir em queda, seguindo a deflação de 0,14% nos dados de IGP-10 nesta manhã. A perspectiva de aperto monetário nos EUA pode aliviar expectativas de inflação em nível global, e a busca pela renda fixa em caso de fuga ao risco também pode derrubar os juros futuros.

Edmar Soares

DRT 2321

0 comentários:

Postar um comentário

Calendário Agenda