Brasília, 14 de dezembro –
- PEC dos Precatórios: A
Câmara aprovou a proposta em primeiro turno ontem, com 327 votos a favor e 147
contrários. Hoje, os deputados analisam destaques e votam a matéria em segundo
turno. Depois, ela segue ao Senado.
- Agenda: Nesta quarta-feira,
o novo Refis e o Marco da Cabotagem seguem na pauta da Câmara.
- Eletrobras: O Tribunal de
Contas da União julga hoje o plano de capitalização da estatal. Porém, há risco
de pedido de vistas e, consequentemente, atraso no cronograma.
- TCU: O Senado indicou ontem
o senador Antonio Anastasia para vaga de ministro do TCU. Ele obteve 52 votos,
contra 19 da senadora Kátia Abreu e apenas 7 do líder do governo, Fernando
Bezerra. Bezerra esperava entre 34 e 36 apoios, segundo apuração de Daniela
Lima, da CNN Brasil.
- Cenários eleitorais:
Consultores ligados ao Centrão acreditam que está sendo pouco considerada nas
análises pré-eleitorais a elevação do piso de partida do PT na disputa
presidencial, dos tradicionais 30% para 40%, apurou a âncora da CNN Brasil.
- Moro x Bolsonaro: Os consultores também
disseram a Daniela Lima que o eleitorado de Moro "está com
Bolsonaro", que teria voltado à "versão raiz" para preservar
base. Opinam que a entrada de Moro na corrida para 2022, "a preço de hoje",
não a desequilibra.
- Terceira via: Os consultores afirmaram que os
desafios de Moro são estrutura partidária e recursos para campanha. O
pré-candidato do PSDB, João Doria, "precisa remar muito", mas teria
legenda com capilaridade e recursos, o que lhe daria vantagem.
MERCADO FINANCEIRO
Brasília, 15 de dezembro – A
decisão de política monetária do Federal Reserve hoje, uma das mais aguardadas
dos últimos tempos, deve marcar o ambiente de negócios globalmente hoje,
enquanto no Brasil, e em segundo plano, dados de atividade do IBC-Br, discussão
no TCU sobre Eletrobras e a liberação de exportação de carnes para a China
ficam no radar.
A aceleração do ritmo de
retirada de estímulos, de US$15 para US$30 bilhões por mês, e a possível
sinalização de alta no juro básico americano logo no primeiro semestre do
próximo ano podem azedar o apetite por risco dos mercados. A divulgação dos
chamados "dot plots", que mostrarão as posições individuais dos
membros do colegiado em relação a diversos pontos da política monetária, também
fica no radar.
Com isso, a redução da
liquidez nos mercados e a perspectiva de taxas de juros reais positivas em
dólar, mesmo que distante, podem levar o mercado a buscar segurança e manter o
viés de queda das bolsas dos últimos dias. Às 16h00 será publicada a decisão do
Fed, e às 16h30 o presidente da autarquia, Jerome Powell, discursa.
Os índices operam mistos nos
Estados Unidos, com cautela à espera do Fed. Petróleo Brent recua próximo aos
US$73,00 por barril. As bolsas na Europa sobem, na contramão dos fechamentos da
Ásia, após dados mistos de atividade na China à noite.
Os rendimentos dos Treasuries
de dez anos se preparam para uma sessão de volatilidade, próximos à
estabilidade, em 1,44%, enquanto os mais curtos avançam. Dólar opera misto em
relação às moedas globais, com DXY estável.
No Brasil, dados do IBC-Br
devem confirmar a desaceleração da atividade flagrada nos dados do PIB do
terceiro trimestre. A Câmara aprovou ontem em primeiro turno parte ainda não
promulgada da PEC dos Precatórios. Veja mais destaques no Panorama Corporativo,
com destaques de Eletrobras e frigoríficos após liberação da exportação de
carne para a China, e no Panorama Político, com mais noticiário de Brasília e
do cenário eleitoral.
Bolsa – o fundo de índice
brasileiro EWZ sobe 0,11% no pré-mercado, assim como algumas bolsas de países
emergentes. Expectativa de abertura em leve alta para o Ibovespa futuro, com
cautela de olho no Fed. ADRs da Petrobras, recibos de ações, perdem 2,57%, e as
da Vale recuam 0,15%. Dia deve ser marcado pela volatilidade, especialmente à
tarde, com o mercado local acompanhando de perto o exterior.
Câmbio – Moedas operam mistas,
com algumas de países emergentes e exportadores de commodities em alta. Dólar
deve abrir perto da estabilidade, com cautela à espera de Powell e de olho em
eventual intervenção do Banco Central.
Juros – Juros curtos devem
seguir o câmbio e ficar de olho nos Treasuries. Os juros longos podem abrir em
queda, seguindo a deflação de 0,14% nos dados de IGP-10 nesta manhã. A
perspectiva de aperto monetário nos EUA pode aliviar expectativas de inflação
em nível global, e a busca pela renda fixa em caso de fuga ao risco também pode
derrubar os juros futuros.
Edmar
Soares
DRT 2321
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