O material está em sua 6ª
edição e reúne informações atualizadas
Para apoiar as equipes de
saúde que atuam na assistência obstétrica na identificação de riscos que podem
resultar em maiores danos à saúde das mulheres e seus filhos, o Ministério da
Saúde lança o Manual Gestação de Alto Risco, nesta quarta-feira (9), na
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). O evento reuniu especialistas da
área de ginecologia e obstetrícia que participaram da elaboração do material.
A publicação está em sua 6ª edição e reúne informações atualizadas e ampliadas
para proporcionar cuidados diferenciados às gestantes que possuem alguma doença
preexistente, sofrem algum agravo ou desenvolvem problemas durante à gestação,
e assim, apresentam maiores probabilidades de evolução desfavorável, tanto para
o feto como para a mãe. A versão preliminar está disponível para consulta.
O secretário da Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, Raphael
Câmara, falou sobre a importância que a Pasta tem dado na atualização dos
materiais técnicos. “O Manual de Gestação de Alto Risco é mais um do rol de
publicações que estamos atualizando com o auxílio de renomados especialistas da
academia de diversos estados. Queremos levar para os profissionais de saúde do
país as mais recentes evidências científicas, reforçando o caráter técnico da
gestão do governo Bolsonaro”, reforçou.
O manual busca auxiliar a organização da assistência materna e perinatal, ao
uniformizar conceitos e critérios para a abordagem da gestação de alto risco,
conforme recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e das melhores
evidências clínicas no que tange a intervenções eficazes para o cuidado materno
e infantil e qualificação de profissionais de saúde com a ampliação do uso de
dados para melhoria do cuidado.
O documento é voltado para os profissionais de saúde que atuam na assistência
obstétrica, em especial médicos obstetras e outros especialistas devotados ao
atendimento de mulheres com gestação de alto risco como: cardiologistas,
nefrologistas e intensivistas.
“O Manual será um grande norteador para os profissionais da área obstetra do
país, auxiliando durante o pré-natal na condução dos casos mais complexos e
buscando um melhor resultado para a mãe e o concepto ao reduzir os índices de
mortalidade”, explicou o professor Eduardo de Sousa, da Escola Paulista de
Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que foi o coordenador
da obra.
Participaram do lançamento do Manual de Gestação de Alto Risco representes do
Conselho Federal de Medicina (CFM), Conselho Federal de Enfermagem (Cofen),
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo),
Organização Panamericana de Saúde (OPAS/OMS), Universidade de São Paulo (USP),
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Universidade Federal de Minas
Gerais (UFMG) e Faculdade de Medicina de Botucatu (Unesp).
Enfrentamento da mortalidade materna
Uma das estratégias do Ministério da Saúde é o projeto Zero Morte Materna por
Hemorragia. O projeto já levou a capacitação para 11 estados e o Distrito
Federal, com previsão de ampliação para todo o território nacional. Agora,
lança 21 videoaulas para disseminar o conhecimento para que os profissionais da
área sejam capazes de evitar a morte de mulheres no parto por sangramento. Os
vídeos podem ser acessados no YouTube da Secretaria de Atenção Primária à
Saúde.
Na ocasião, a pasta também apresentou as ações em andamento para enfrentamento
da mortalidade materna no País, durante a pandemia de COVID-19, bem como as
recomendações da nova Rede de Atenção Materno Infantil (RAMI), lançada em
fevereiro deste ano, para a qualificação do cuidado materno e infantil.
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